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Greve dos rodoviários: primeira reunião entre trabalhadores e empresas termina sem acordo

Segundo a assessoria do Sindirodoviários-ES, paralisação está suspensa momentaneamente, mas o estado de greve permanece

Foto: Ingridi Almeida

A primeira reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES) e as representações patronais – GVBus (Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória) e Setpes (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Espírito Santo) – terminou sem acordo.

Está definido que não haverá greve até terminar a negociação, sendo que as tratativas estão previstas até a próxima quarta-feira (4). 

  O encontro aconteceu no início da tarde desta segunda-feira (02) na sede Procuradoria Regional da 17ª Região, em Vitória.

A audiência foi mediada pela procuradora do MPT, Maria de Lourdes Hora Rocha, e pelo juiz do Trabalho Luís Eduardo Couto de Casado Lima. O procurador regional do Trabalho, Levi Scatolin, também acompanhou os debates acerca da proposta com o sindicato patronal. 

Estado de greve

Prevista para ser iniciada nesta segunda-feira, a paralisação do Sindirodoviários-ES foi suspensa após audiência de conciliação, na noite de sexta-feira (29), no Tribuna Regional do Trabalho (TRT-ES), em Vitória. 

Até quarta-feira, mais dois encontros estão previstos entre trabalhadores e empresários para dar prosseguimento a negociações. 

Nesta segunda-feira, segundo o Sindicato dos Rodoviários, as entidades patronais não apresentaram uma nova proposta. Mantendo a ideia inicial do reajuste salarial de 2,54%. Os trabalhadores pedem um reajuste de 9%. Segundo a assessoria do Sindirodoviários-ES, a greve está suspensa momentaneamente, mas o estado de greve permanece. 

Audiência de conciliação 

O GVBus informou na última sexta-feira (29) que o pedido oficial do Sindirodoviários está desconectado da realidade, solicitando reajuste salarial acima de 11% (índice INPC mais 9%), sendo que a inflação acumulada no período é de 2,54%, percentual proposto pelas empresas. Ou seja, "os trabalhadores pedem um reajuste 292% acima da inflação, fora outras reivindicações".

De acordo com o GVBus, outras categorias no Espírito Santo e em outros estados do Brasil já fecharam acordos de reajuste salarial abaixo de 3%.



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