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31 municípios do Estado têm totais condições de municipalizar o trânsito, diz diretor do Detran|ES

Para aproximar o tema da sociedade e das prefeituras, o primeiro dia do II Seminário de Trânsito e Cidadania promoveu palestras e debates sobre o tema

De acordo com o diretor geral do Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran|ES), Romeu Sheibe, dos 78 municípios do Estado, 31 deles tem totais condições de municipalizar o trânsito. O diretor usou os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entretanto, apenas 8 prefeituras possuem o trânsito municipalizado.

"Dados do IBGE apontam que, no Espírito Santo, 31 municípios que possuem mais de 20 mil habitantes têm potencial de municipalização do trânsito. No entanto, temos apenas 8 cidades municipalizadas e mais uma agora, recentemente, que está em processo de municipalização", fala Sheibe.

Segundo o diretor, o desafio é grande e o Detran|ES tem muito trabalho a fazer. "Existem muitos mitos e questões levantadas pelos municípios falando da dificuldade de fazer o processo de municipalização, que não é um processo simples, mas também não é tão complicado assim. O Detran quer se colocar como facilitador desse processo pra gente fazer isso o quanto antes, pois quando há um acúmulo na fiscalização e não conseguimos alcançar todas essas falhas no processo, que foram pensadas de forma integrada", completa.

Para aproximar o tema da sociedade e das prefeituras, o primeiro dia do II Seminário de Trânsito e Cidadania promoveu palestras e debates sobre municipalização do trânsito nesta segunda-feira (18), no Centro de Convenções de Vitória (CCV). "O nosso objetivo é trazer informação e um bom debate com os municípios para criarmos a cultura da municipalização do trânsito", afirma Sheibe.

O presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran/ES), coronel Marcos Tadeu Celante, considera que as principais dificuldades da municipalização do trânsito são: concepção de responsabilidade, desconhecimento da importância, pouco interesse do município, falta de mão de obra qualificada e falta de recursos financeiros.

"O objetivo aqui não é falar sobre os problemas que os municípios alegam para integrar-se ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT), mas sim convencê-los a integrar-se a esse sistema para que a cidade possa exercer as atribuições do artigo 24, que não são poucas, mas que eles só podem fazer isso mediante à integração ao SNT. Isso vai proporcionar que a população do município tenha uma melhor qualidade de vida no trânsito, porque a partir daí, o município poderá controlar todas as demandas do trânsito", comenta Celante.

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