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Rodosol desiste de placas de vidro e sugere novo dispositivo de segurança para a Terceira Ponte

A concessionária que administra a Terceira Ponte sugeriu a Agência de Regulação dos Serviços Públicos (ARSP) a implantação de cabos de aço sustentados por estruturas verticais inclinadas no local

Pouco mais de um mês depois de propor a instalação de placas de vidro na Terceira Ponte para tentar reduzir o número de suicídios no local, a Rodosol voltou atrás em sua decisão e apresentou um novo sistema para ser instalado na via.

Depois de novos estudos, a concessionária que administra a Terceira Ponte sugeriu a Agência de Regulação dos Serviços Públicos (ARSP) a implantação de cabos de aço sustentados por estruturas verticais inclinadas no local.

“Essa proposta foi adotada em outras pontes, como a Millennium Bridge, em Londres, e possui como vantagem um menor custo de fabricação e manutenção, permite facilidade de acesso para manutenção da estrutura da Terceira Ponte, menor área de atrito causada pela incidência de ventos e mantém o cone de visibilidade para a população”, explicou explicou o diretor geral da ARSP, Julio Castiglioni.

Após a mudança de diretrizes, a Rodosol ganhou um novo prazo para apresentar o projeto desta nova tecnologia, contendo todos os detalhes relativos à tecnologia empregada, cronograma de obras e custos respectivos. O documento precisa ser entregue a ARSP até o dia 13 de novembro.

Inviabilidade

A instalação de placas de vidro, conforme tinha sido sugerido inicialmente, foi cancelada por algumas inviabilidades técnicas.

“Um aspecto apontado foram as ações de vandalismo que poderiam causar desprendimento de parte das placas de vidro e risco de queda nas pessoas e veículos lindeiros à ponte. Esse aspecto, associado à área de atrito formado pelas placas de vidros e incidência dos ventos, ocasionou a necessidade de instalação de lâminas duplas de vidro com película anti-impacto. Questões de reforço na ancoragem e tricas também foram considerados”, explicou a diretora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária, Kátia Muniz Côco.

De acordo com Castiglioni, assim que o estudo da Rodosol ficar pronto, a ARSP e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) buscarão junto ao Poder Judiciário uma solução para equacionar os custos da obra.

“Além de constituir um importante equipamento rodoviário, a Terceira Ponte é reconhecida como um símbolo para os capixabas. Isso impõe ainda mais ao Poder Público a obrigação de adotar medidas que não se limitem a garantir a mobilidade dos veículos, mas que, sobretudo, preservem em primeiro lugar a vida das pessoas”, concluiu.

A ponte

Construída entre 1978 e 1989, a ponte Darcy Castello Mendonça possui hoje quatro faixas de tráfego (com 3,50 metros de largura, além das folgas, totalizando largura total de 18 metros).

No início de agosto, a Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa ouviu o engenheiro civil Luiz Carlos Menezes, que foi apresentar um estudo para tratar da mudança do trânsito no local. Segundo ele, é possível aumentar o número de faixas na via, de duas para três de cada lado.

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