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Após perder a filha, pai cria robô inteligente que detecta infecção grave

Laura foi vítima de septicemia, uma infecção silenciosa que tira a vida de milhares de pessoas em todo o mundo

O analista de sistemas Jacson Fressatto criou a Robô Laura, uma robô de inteligência artificial de gerenciamento de riscos e que detecta rapidamente uma infecção denominada Sepse (infecção generalizada), principal causa de morte hospitalar. 

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A esposa de Jacson estava grávida e teve que fazer um parto de emergência. A filha dele, chamada Laura, ficou 18 dias na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e faleceu devido a Sepse. Com isso, ele teve a ideia de criar uma robô que ajudasse os médicos e enfermeiros a detectarem as infecções silenciosas em pacientes de UTI, UTIN e demais enfermarias dos hospitais. 

"Em 2010 passei por um evento adverso quando minha filha ficou 18 dias internada em uma UTI neonatal em Curitiba. Durante esses 18 dias, eu observei como um auditor e não necessariamente só como um pai esperando que algum milagre acontecesse, todos os processos que envolvia o atendimento dela e de outras crianças", contou Jacson.

Estima-se que haja dois milhões e meio de casos de Sepse por ano no Brasil. Deste número, cerca de 250 mil pessoas morrem anualmente. A Sepse mata mais que o câncer e lidera o número de mortes em praticamente todos os países do mundo. 

"No fim dos 18 dias, Laura foi a óbito. Foi assim que conheci a Sepse. Nunca tinha ouvido falar e não fazia a menor ideia do que era. Depois da morte dela, acabei estudando e procurando saber o que era, cada vez mais afundo. Percebi que o que faltava não era necessariamente a tecnologia, mas algo que a complementasse", destacou Fressato.

A Robô Laura detecta precocemente um possível caso de Sepse, ajudando médicos e enfermeiros a salvar vidas. O objetivo da Robô Laura é reduzir as mortes por Sepse no Brasil em 5% até 2020. "A Laura está vindo para o Espírito Santo e quem está capitaneando isso é a Emescam", disse Jacson.

Agora com a Laura Networks, Jacson está tentando levar o Robô para os hospitais interessados. De acordo com o site oficial da empresa, o Robô Laura tem a capacidade de salvar mais de 12 mil vidas por ano no Brasil, reduzindo em 5% o índice de mortes. O objetivo é poupar tempo, recursos e vidas — tecnicamente, Laura é o primeiro robô cognitivo de gestão de risco.

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