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Primeira submarinista mulher da América do Sul estava a bordo do San Juan

A argentina Eliana Krawczyk, de 35 anos, era a única mulher a bordo da embarcação, desaparecida desde quarta

A argentina Eliana Krawczyk sonhava em ser engenheira industrial, mas uma tragédia familiar a fez mudar o curso de sua vida e se tornar a primeira submarinista da América do Sul, em 2012. Aos 35 anos, ela é chefe de armas do submarino ARA San Juan, desaparecido desde quarta-feira, com 44 tripulantes — Krawczyk era a única mulher a bordo.

No último sábado, sete sinais de satélite que podem ter sido emitidos pelo submarino foram detectados, mas por enquanto as operações de busca seguem sem resultados.

Nascida em Oberá, a cerca de 560km do litoral, na província de Misiones — que faz fronteira com os estados da região Sul do Brasil — Eliana só foi conhecer o mar aos 21 anos. A morte de seu irmão em um acidente de trânsito e da sua mãe, vítima de infarto, a motivaram a mudar de vida.

"Um dia, pela internet, vi um aviso da Marinha convocando jovens. Fui correndo à Posadas e me inscrevi. Deixei tudo e viajei à Escola Naval Militar de Ensenada. Levei uma foto de mamãe na carteira", relatou a revista Viva, em entrevista.

Após terminar a Escola Naval, a paixão pelo mar a levou a especialização e à formação como submarinista. "Me especializei em armas submarinas, e em 2012 pude fazer o curso de sumbarinista. Fiquei quatro anos embarcada no ARA Salta, e este é meu primeiro ano no ARA San Juan", disse.

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