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Projeto ‘Ampliando Horizontes’ muda realidade de alunos em Alegre

Com o projeto, as ocorrências e advertências escolares diminuíram, os alunos estão mais interessados e os pais mais participativos. Como prêmio pelo bom comportamento, as crianças viajaram para o Rio de Janeiro

O papel das escolas dentro das comunidades tem se tornado cada vez mais importante. A atuação delas na sociedade se tornou uma extensão das famílias dos alunos, promovendo o desenvolvimento de um indivíduo mais cidadão. Com base nesse princípio, a escola municipal ‘Luciano Alves Duarte’, em Alegre, tem trabalhado com os alunos o projeto ‘Ampliando Horizontes’, onde as crianças têm a oportunidade de vivenciar novas experiências fora das quatro paredes.

Implantado no início de 2017, o projeto começou a ser desenvolvido com os alunos do quinto ano. A diretora da escola, Jorcilene Polastreli, explica que a realidade da turma escolhida para trabalhar o projeto mudou para melhor. “Sempre houve um preconceito quanto à escola. A realidade aqui era de violência e para conter brigas muitas vezes era necessário pedir ajuda policial. Nós abrimos as portas do nosso colégio para receber projetos parceiros que trabalhassem com os nossos alunos temas que muitas vezes a escola não pode oferecer”, comenta.

A equipe responsável pelo desenvolvimento do ‘Ampliando Horizontes’ realizou um levantamento sobre o papel que a escola tinha no bairro. “Nossa escola fica em uma área periférica da cidade, precisávamos agir de alguma maneira para enfrentar o tráfico, o alcoolismo e até mesmo o convívio dessas crianças em família”, conta a diretora.

Bom comportamento

Pelo bom comportamento na escola, os alunos embarcaram em uma viagem para o Rio de Janeiro, onde puderam conhecer o Museu do Amanhã, o Museu da Marinha e o RioZoo. “É exatamente isso que o ‘Ampliando Horizontes’ aborda. Ficamos muito felizes com o resultado, a viagem foi a cereja do bolo. Os alunos só entrariam no ônibus se tivessem apresentado bom comportamento durante o ano letivo”, explica a diretora.

“As coisas que vimos lá não tem aqui na escola. No Zoológico nós vimos animais que a gente só via pela TV. Dentro do submarino tem cozinha, biblioteca, cama, foi muito legal”, conta Iuri Zava Sabadini, de 11 anos.

O projeto melhorou significativamente até a estima dos alunos e a imagem que eles têm de si mesmos. “Alguns alunos achavam que por serem de famílias humildes serão obrigados a trilhar o caminho dos pais e suas profissões. Não é errado pensar assim, mas eles desconhecem o incentivo de poderem ser o que quiserem, alguns ficam admirados quando conversamos sobre as oportunidades da UFES e do IFES dentro de Alegre. Estamos trabalhando este conceito neles, mostrando que só depende deles ter um futuro diferente”, conclui a diretora.

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