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Mães reclamam de atendimento e da falta de estrutura do Hospital Infantil de Vitória

A lista de reclamações é extensa e inclui o suposto atraso em aplicar a medicação nas crianças. Segundo as mães, o problema é frequente

As mães dos pequenos pacientes do Hospital Infantil de Vitória reclamam da atual estrutura do hospital. No local, o teto está com mofo, há sujeira no chão e as macas estão em situação precária.

Uma mãe, que prefere não se identificar, conta que está no hospital há 10 dias com o filho, de quase dois meses, que foi diagnosticado com pneumonia e coqueluche viral. Só nesta sexta-feira (8) ele foi transferido para o quarto.

"A situação é precária, os tetos estão mofados, os banheiros sujos, as macas que os bebezinhos ficam estão estragadas. É precária a situação do hospital. Agora, depois que eu falei que chamaria a reportagem, eles arrumaram um quarto para meu menino", diz a mãe.

Brenda Julia Oliveira é mãe do pequeno Diogo, de dois anos. Ele ficou internado doze dias no hospital, em novembro, por causa de uma inflamação nos gânglios linfáticos. No início de dezembro, ele precisou voltar pois, além da inflamação, Brenda conta que o filho foi diagnosticado com caxumba e uma bactéria no olho. "Ele está no meio de outras crianças e eles (hospital) não sabem se essa bactéria pode passar", revela Brenda.

A lista de reclamações é extensa e inclui o suposto atraso em aplicar a medicação nas crianças. Segundo as mães, o problema é frequente. "Superlotação demais, brigas toda hora, porque eles não atendem direito, discussão com doutores, doutores ignorantes, ingeção errada. É muito desorganizado", comenta Brenda.

Há menos de um mês a reportagem da TV Vitória esteve no hospital e conversou com algumas mães. Na ocasião, elas reclamavam da demora para realização de cirurgias, um problema que a direção do hospital classificou como pontual e atribuiu à quebra de um equipamento.

Em outubro, a reportagem também esteve no Himaba. Crianças aguardavam atendimento ou resultado de exames em cadeiras no corredor da unidade. Na ocasião, a situação que foi classificada como normal pelo secretário de saúde. "

Há dois meses, uma nova empresa assumiu a gestão do Himaba e prometeu aumentar 38 vagas nos próximos 90 dias. Além disso, recentemente, a unidade de emergência passou a funcionar 24 horas por dia, todos os dias da semana. Mudanças que, para mães, ainda não trouxeram melhorias.

Em nota, a direção do hospital reconheceu o desafio diário de melhorar o atendimento. Destacou ainda que todos os pacientes estão sendo atendidos e medicados, mas não falou sobre o atraso na aplicação das medicações.

Já sobre o diagnóstico, a direção ressaltou que trata-se de decisão médica. Sobre o atendimento pediátrico, a direção informou que o setor vem passando por ampliação. Já o serviço de manutenção e limpeza são rotineiros.


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