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“O erro foi de instalação”, diz pai de menino morto em acidente com brinquedo em batalhão do Exército

A criança morreu após ser atingida pela estrutura de um balanço

Os pais do menino Carlos Enrique, de apenas seis anos, que morreu em um acidente no 38º Batalhão de Infantaria do Exército, falam sobre o caso. Bastante abalados, eles ainda não conseguiram voltar para casa. Na casa da mãe, a assistente administrativo, Jaqueline Teixeira Borgo busca forças para seguir em frente.

“Eu não tive ainda coragem de voltar para casa, porque eu sei que em cada cantinho, eu vou lembrar dele. Tudo que ele gostava está lá”, disse a mãe do menino.

A criança morreu após ser atingida pela estrutura de um balanço. O acidente aconteceu no último sábado (6). Diversas famílias se divertiam numa festa no local, quando o brinquedo desabou.

“Era a festa de aniversário de um militar, a gente foi convidado para participar e fazer a parte musical. Criança já chega e vai direto para o parquinho. Ele já chegou pedindo para ir. No parquinho a gente deixou, mas na prainha a gente não deixou e a piscina estava devidamente tampada. Nunca a gente ia imaginar que o perigo estava no parquinho”, contou Carlos Eduardo Endlich de Souza, pai da criança.

Segundo a família, Carlos Enrique foi atingido na cabeça e no pescoço. A chefe do posto médico do batalhão, que também participava do evento, prestou os primeiros socorros. Os pais do menino acompanharam tudo de perto. O Samu foi acionado, mas o menino não resistiu e morreu no local.

“A nossa filha veio correndo falando que o balanço tinha caído em cima dele. Nessa hora eu larguei tudo o que eu estava fazendo, corri e já abracei o meu filho. Nisso a doutora estava tentando ajudar, mas ele não respondia nada. Teve uma hora que ele me olhou, me viu chorando e soltou duas lágrimas, uma de cada lado. Foi a última que eu vi”, afirmou o pai.

Na última segunda-feira (8), uma equipe da Delegacia de Polícia Judiciária Militar, deslocada do rio de janeiro, esteve no batalhão. A área de lazer passou por uma perícia, que deve ser concluída em até 40 dias. A Polícia Civil também investiga o caso, mas para a família da vítima não restam dúvidas.

“O brinquedo não era velho, estava bem conservado. O erro foi de instalação. A pontas de ferro que saíram estavam dentro de terra e não de concreto. Além do brinquedo que caiu nele, outros foram deitados a mão, sem nenhum esforço”, explicou o pai.

Os pais de Carlos Enrique agora lutam por justiça e querem guardar na memória apenas os bons momentos. “Nada vai trazer o nosso pequeno de volta mas a gente precisa ir à luta pela honra e pela memória dele, e para que não venha acontecer com outras crianças”, destacou a mãe.

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