Mesmo com a pandemia, cooperativismo obtém saldo positivo na geração de empregos no ES

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Mesmo com a pandemia, cooperativismo obtém saldo positivo na geração de empregos no ES

Dados do Anuário do Cooperativismo Capixaba 2021 apontam aumento de postos de trabalho nas cooperativas em um período marcado aumento de desempregos no estado

Enquanto o Espírito Santo viu a sua taxa de desocupação aumentar 1,7% de 2019 para 2020, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE), o cooperativismo capixaba caminhou em via contrária, registrando aumento no número de postos de trabalhos gerados no estado. É o que aponta o Anuário do Cooperativismo Capixaba 2021, lançado pelo Sistema OCB/ES.

Foto: Divulgação / OCB-ES
Anuário do Cooperativismo Capixaba 2021, lançado pelo Sistema OCB/ES.

De acordo com a publicação, que traz os principais dados desse modelo de negócio no Espírito Santo, as cooperativas tiveram um aumento de 6,3% no número de colaboradores, saltando de 9 mil em 2019 para quase 9,6 mil em 2020, ou seja, um aumento de 569 empregos. No mesmo ano (2020), a Pnad Contínua indicou que o estado capixaba atingiu uma taxa de desocupação de 12,7%, a segunda maior média anual de desempregos desde o começo da série histórica, em 2012.

O crescimento no número de empregados marca mais um avanço do movimento cooperativista, que já havia registrado também um saldo positivo no indicador entre 2018 e 2019, que passou de 8.043 empregados para 9.023. No triênio 2018-2020, o aumento acumulado foi de 19,2%. Os ramos que apresentaram as maiores participações nesse dado foram Saúde e Crédito, que, somados, registraram um aumento de 15,1%.

FORTALECIMENTO

Ao comparar esses dados com o número de cooperativas registradas no Sistema OCB/ES, é possível verificar o fortalecimento do cooperativismo capixaba. Isso porque, embora tenha havido uma redução de 6,3% no número de cooperativas registradas no estado no triênio 2018/2020 (redução de 127 para 119), o número de empregados dentro delas continuou crescendo.

Foto: Divulgação / OCB-ES
Carlos André Santos de Oliveira, superintendente do Sistema OCB/ES

“Mesmo durante a pandemia, o cooperativismo capixaba se fortaleceu. Isso só foi possível porque o modelo de negócio está ancorado em práticas de cooperação”. - Carlos André Santos de Oliveira, superintendente do Sistema OCB/ES.

A diminuição na quantidade de cooperativas é explicada pela tendência nacional de realização de fusões e incorporações, também estimulada pelo Sistema OCB/ES visando ao ganho de eficiência e escala com redução de custo; o impacto econômico da pandemia, que freou algumas atividades; e a inativação do registro de cooperativas irregulares pelo Sistema OCB/ES com a intenção de fortalecer os empreendimentos regulares e o movimento cooperativista capixaba como um todo.

Para o superintendente do Sistema OCB/ES, Carlos André Santos de Oliveira, os resultados positivos conquistados pelo movimento cooperativista durante a pandemia de Covid-19 são um forte motivo para comemorar. Na sua visão, a estrutura do movimento e a sua história de superação em momentos de crise explicam os índices favoráveis.

“Ficamos muito satisfeitos em saber que, mesmo durante a pandemia, o cooperativismo capixaba se fortaleceu. Isso só foi possível porque o modelo de negócio está ancorado em práticas de cooperação. Todos se ajudam nos momentos de dificuldade porque sabemos que, mais adiante, os ganhos serão repartidos. Todos saem ganhando, incluindo lideranças, empregos, cooperados e a própria sociedade”, avalia.

MAIS DE 500 MIL COOPERADOS EM 2020

O Anuário do Cooperativismo Capixaba 2021 também apontou que esse modelo de negócio foi a escolha de mais de 67 mil capixabas em 2020. O percentual de cooperados – indivíduos que participam efetivamente das decisões e negócios nas cooperativas fornecendo bens, insumos ou mão de obra ou, ainda, beneficiando-se das soluções ofertadas, sejam financeiras ou destinadas a obtenção de serviços ou insumos a valores justos – cresceu 15,5% no Espírito Santo de 2019 para 2020, passando de cerca de 435 mil de pessoas em 2019 para mais de 500 mil em 2020.

Foto: Divulgação / OCB-ES
Dr. Pedro Scarpi Melhorim, presidente do Sistema OCB/ES.

“Cooperativas bem estabelecidas e atentas às mudanças do mercado são a chave para a perpetuação do nosso movimento”. - Dr. Pedro Scarpi Melhorim, presidente do Sistema OCB/ES.

Em termos de participação econômica, o cooperativismo contribuiu com 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nominal capixaba, com uma movimentação econômica superior a R$ 6 bilhões.

“O número de cooperativas reduziu, mas os percentuais de cooperados e empregados aumentaram. Isso indica que a estratégia de fundir, incorporar e expandir as cooperativas para solidificar seus negócios está funcionando. Empreendimentos bem estabelecidos e atentos às mudanças do mercado são a chave para a perpetuação do nosso movimento”, ressalta o presidente do Sistema OCB/ES, Dr. Pedro Scarpi Melhorim.

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