Polícia

Padre é ouvido como testemunha de defesa do ex-marido de médica assassinada em Vitória

Além dele, os réus são interrogados para falarem suas versões sobre o caso

Duas testemunhas de defesa do réu Hilário Frasson, ex-marido da médica Milena Gottardi, são ouvidas nesta sexta-feira (23) durante mais uma audiência sobre o caso. Uma dessas testemunhas foi o padre José Pedro Luchi, que chegou ao Fórum Criminal da Cidade Alta, em Vitória, por volta de 8h30. 

O padre, que preferiu não falar com a imprensa, foi quem celebrou o casamento entre o policial Civil e a médica. Também deve ser ouvido pela Justiça o dono de uma empresa locadora de veículos. 

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Os réus foram levados para o local em três viaturas da Secretaria de Justiça do Estado (Sejus), sob forte esquema de segurança. Além de acompanhar os depoimentos das testemunhas, desta vez, eles também serão interrogados. 

"A gente espera que os trabalhos aconteçam da melhor forma possível. Não há dúvida que eles tramaram e executaram a doutora Milena", disse o advogado da família da médica, Renan Sales.

Dionathas Alves, apontado como executor de Milena, deve continuar colaborando com a Justiça, segundo o advogado. Para garantir um depoimento tranquilo, a defesa vai solicitar que ele seja ouvido sem a presença dos demais réus.

"Ele participou diretamente do crime e ele vai trazer informações preciosas. Queremos que ele possa prestar um depoimento livre", afirmou o advogado de defesa do acusado, Leonardo Rocha.

A médica foi baleada no Hospital das Clínicas, em Vitória, no dia 14 de setembro do ano passado. Um dos tiros atingiu a cabeça dela. Ela chegou a ser internada, mas morreu no dia seguinte, no hospital. Hilário e o pai dele, Esperidião Frasson, são acusados de encomendar o crime. Para isso, eles teriam contado com a ajuda dos intermediários Hermenegildo Palauro Filho e Valcir Dias. O cunhado de Dionathas, Bruno Broetto, teria cedido a moto usada pelo executor no crime.

A defesa de Bruno afirma que durante as investigações não foram produzidas provas contra o cliente. A expectativa é de que, ao final dos depoimentos dessa sexta-feira, as acusações contra Bruno sejam retiradas e que ele seja liberado do processo, mas para a acusação, não restam dúvidas do envolvimento dos réus. 

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