Polícia

Réu no caso Milena Gottardi relata ameaças dentro de presídio

O advogado informou que o cliente relatou ameças sofridas dentro do presídio por agentes penitenciários.

André Vinicius Carneiro

Redação Folha Vitória

Familiares do réu Bruno Rodrigues Broetto, detido no Centro de Detenção Provisória de Guarapari (CDP), suspeito de participação no assassinato da médica Milena Gottardi, afirmam que ele está sofrendo ameaças na prisão. Um pedido de providências foi feito pelo advogado do réu, Leonardo Rocha, à direção da unidade prisional. 

O advogado informou que o cliente relatou ameças sofridas por agentes penitenciários dentro do presídio. Segundo o advogado, na última terça, dia 13, foi protocolada uma petição, solicitando ao diretor da unidade prisional de Guarapari que averigue as supostas ameaças e tome providências.

Sobre o assunto, a Secretaria de Estado da Justiça informou que o caso de supostas agressões ao réu está sendo apurado.

Ainda de acordo com o advogado, desde o início do processo, Bruno e Dionathas Alves, acusado de ter atirado contra a médica, vêm sofrendo intimidações, até mesmo dentro Fórum Criminal de Vitória. A preocupação do advogado é que as investidas prejudiquem os depoimentos dos clientes.

No próximo dia 26, serão ouvidas as últimas testemunhas de acusação do caso. Os depoimentos serão tomados no município de Fundão, onde vivem familiares da vítima e dos réus. A defesa de Bruno e Dionathas chegou a solicitar à Justiça que os clientes não participassem dessas audiências. Mas diante do pedido da comarca da região, os dois devem comparecer.

Entre os depoimento mais aguardados, estão o do dono do sítio onde a motocicleta foi encontrada pela polícia, e o do caseiro da propriedade. 

Novo advogado

Conforme o jornal online Folha Vitória divulgou com exclusividade na última segunda-feira (12), o advogado Leonardo Picoli Gagno assumiu a defesa do policial civil Hilário Frasson, após a renúncia de Homero Mafra.

Leonardo Gagno é advogado criminalista e participou da equipe responsável pela defesa e absolvição do ex-policial civil e empresário Carlos Luiz Andrade Baptista, o Calu, acusado de ser um dos mandantes do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, em 24 de março de 2003

Calu foi absolvido por unanimidade no júri realizado em agosto de 2015.

Depoimento de Hilário

No dia 12 de abril, serão ouvidos, na capital, Hilário Frasson e o pai dele, Esperidião Frasson, acusados de serem os mandantes do crime, além dos intermediários Valcir Dias e Hermenegildo Palauro Filho.

Após o interrogatório dos réus, o juiz responsável deve ouvir as alegações finais da acusação e da defesa. Em seguida, vai decidir se os seis acusados serão levados a júri popular. 

A expectativa do advogado de Bruno é de que, ao final das audiências de instrução, o réu seja liberado do processo. "Não há nenhuma prova técnica, direta, de que o Bruno participou do crime", disse o advogado. 

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