Polícia

"Eu não sabia porque estava sendo agredida", diz enfermeira esfaqueada em assalto

A vítima perdeu o ônibus e para não chegar atrasada foi para a rua principal onde param outras linhas. No trajeto foi rendida por dois assaltantes

Uma enfermeira de 40 anos foi ferida com quatro golpes de canivete durante um assalto. Tudo aconteceu na noite da última segunda-feira (23), no bairro Vale Encantado, em Vila Velha. Ela havia saído para trabalhar por volta das 19h30, pois atua em um hospital em Vitória. A vítima perdeu o ônibus e para não chegar atrasada foi para a rua principal onde param outras linhas. No trajeto foi rendida por dois assaltantes.

“É escuro e eles aproveitaram e pediram o celular. Ela falou que não tinha e entregou R$ 300. Eles não acreditaram que ela não tinha celular e deram quatro facadas nela”, contou uma moradora da região.

Mesmo ferida, atingida por pelo menos quatro golpes, a enfermeira correu em busca de ajuda. “Ela caiu nos meus pés na minha calçada e pediu socorro. A gente não entendeu e achou que ela havia desmaiado. Depois olhamos e vimos que ela estava ferida”, disse a testemunha.

A polícia foi acionada e a vítima foi socorrida e levada para o Hospital São Lucas, em Vitória. Os criminosos não foram identificados, mas na manhã desta terça-feira (24) a enfermeira recebeu alta. Ela contou que em momento algum reagiu, mas pensando em preservar a vida, ainda entregou uma certa quantia em dinheiro para os criminosos.

“Eu não conseguia gritar, não conseguia fazer nada. Só pensava que ia morrer. Eu não sabia porque estava sendo agredida. Eles falaram para eu entregar tudo, me xingaram muito e depois me deram as facadas, um soco e rasgaram a minha bolsa toda. Com medo, eu abri a mochila e entreguei os R$ 300 que estavam na minha bíblia e saí correndo. Eu entreguei o dinheiro com medo de morrer”, contou a enfermeira.

Depois do assalto ocorrido, a enfermeira disse que está tão assustada que não se sente bem para voltar a rotina. Ela vai passar uns dias na casa da sogra. “A gente fica se perguntando porque isso aconteceu, porque eu, porque eu fui tão agredida”. 

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