Polícia

Sede de projeto social é assaltada pela segunda vez em menos de uma semana na Serra

Segundo o responsável pelo projeto, com a chegada da pandemia e a suspensão das atividades, o local passou a ser frequentado por usuários de drogas

Foto: Reprodução / TV Vitória

A sede de um projeto social no bairro Jardim Limoeiro, na Serra, foi assaltada pela segunda vez em menos de uma semana. O crime aconteceu na noite da última terça-feira (06) e na ocasião os criminosos quebraram objetos e levaram itens de alumínio e fios de energia.

Não é a primeira vez que o projeto é alvo da criminalidade. Em um roubo que aconteceu na semana passada, fios foram furtados da sede do projeto e com isso, o ginásio, o pátio e a quadra ficaram sem energia.

"Na quinta-feira da semana passada, eles quebraram o padrão, o cadeado do padrão de energia, roubaram a fiação inteira que passa por baixo da quadra, mais de 200 metros de cabo e agora não temos iluminação no ginásio, na praça que já esta precária e hoje está uma escuridão", afirmou o presidente do Projeto Atleta, Educação Cultura e Comunidade (Projaec).

Nas imagens é possível ver o estrago causado pelos criminosos. Troféus quebrados, materiais jogados no chão e muita bagunça. Uma porta de alumínio que protegia o local também foi destruída. Nem a parte elétrica do espaço escapou da ação dos criminosos que fizeram a limpa até nos disjuntores.

A sede do Projaec existe há cerca de 15 anos e antes da pandemia, atendia cerca de 100 crianças, adolescentes e adultos que frequentavam o local para diversas atividades como ballet, aulas de violão e capoeira. A situação do projeto não ia muito bem durante a pandemia e agora ficou ainda mais difícil.

O vice-presidente do Projaec disse que agora, a dificuldade será encontrar recursos para reparar os danos. "Ultimamente não estamos com apoio de ninguém para poder resolver o problema já que estamos com a porta aberta".

Como única maneira de manter as atividades para um futuro próximo, o responsável pelo local decidiu soldar uma grade na entrada do espaço. Agora, o espaço só será reaberto quando a pandemia passar e o projeto tiver condições de retomar as atividades.

A professora de artes Katia Casciano já foi voluntária no projeto e coleciona boas lembranças do local. Agora, o sentimento dela é de frustração por toda a situação.

"Eu não entendo como o pobre pode prejudicar o pobre. É uma coisa que pode ajudar todo mundo. Como eu como sendo pobre posso vandalizar aquilo que pode ser para o meu uso? Não dá para entender. Eu acredito que isso é falta de consciência de classe".

Foto: Reprodução / TV Vitória

* Com informações da repórter Polyana Martinelli, da TV Vitória/RecordTV

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