Morte irmãos carbonizados

Polícia

'Deus me enviou para o Espírito Santo', diz George Alves durante depoimento em CPI

O suspeito de matar os irmãos Joaquim e Kauã disse que nasceu e morou em São Paulo e se mudou para o município capixaba há 4 anos

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
George Alves foi ouvido na CPI dos Maus-Tratos na tarde desta sexta-feira

Suspeito de abusar sexualmente, agredir e atear fogo no filho e no enteado ainda vivos, Georgeval Alves, de 36 anos, afirmou que saiu de São Paulo e se mudou para o Espírito Santo porque foi "enviado por Deus". A declaração foi dada no início da tarde desta sexta-feira (25), durante depoimento na CPI dos Maus-Tratos, em Vitória.

George Alves contou que morava em São Paulo, onde nasceu, e que se mudou para Linhares, no norte do Espírito Santo, há cerca de 4 anos. Questionado pelo senador Magno Malta sobre o motivo de ter vindo ao Estado, o suspeito respondeu: "Foi Deus que me enviou para o Espírito Santo".

Em Linhares, George se casou com Juliana Salles, com quem teve dois filhos - um deles Joaquim Alves Sales, de 3 anos, uma das vítimas do crime ocorrido no dia 21 de abril. A outra vítima, Kauã Sales Butkovisky, de 6 anos, era filho de Juliana com Rainy Butkovsky.

Georgeval também disse que sempre foi cristão, mas que começou de fato a praticar a religião evangélica há cerca de 5 anos. Segundo ele, ao se mudar para Linhares, chegou a abrir um salão de beleza, onde trabalhou por cerca de três meses, mas depois decidiu se dedicar ao evangelho e passou a ministrar cultos em uma igreja batista do município capixaba.

George Alves disse ainda que trabalhou por mais de 20 anos como cabeleireiro em São Paulo, tanto como funcionário quanto como dono de salão de beleza, e negou ter deixado dívidas na capital paulista. Além disso, ele atuou como técnico de cosmetologia em uma empresa de São Paulo.

George Alves trabalhou como cabeleireiro em São Paulo e chegou a ser dono de salão de beleza


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