Morte irmãos carbonizados

Polícia

'Ele vai a júri popular e vai levar o máximo de cadeia que puder', diz avó de Kauã

Ela quebrou o silêncio, falou com exclusividade para a Rede Vitória e disse querer que George vá a júri popular

O resultado das investigações que apontaram que George Alves estuprou, agrediu e ateou fogo nos irmãos Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauã Sales Butkovsky, de 6, chocou o Espírito Santo.

A avó paterna do menino Kauã, Marlúcia Aparecida Butkovsky Loureiro quebrou o silêncio e afirmou querer que George vá a júri popular pelos crimes na qual é apontado como responsável.

Emocionada, ela falou com a reportagem da Rede Vitória sobre o drama da família com a perda das crianças. “Eu queria tudo de melhor para ele. Ele era tudo pra mim, meu xodozinho, minha bênção, meu príncipe”, disse.

Kauã era o único neto da dona Marlúcia. Ele foi morto no dia 21 de abril, junto com o irmão, na casa onde morava com a mãe e o padrasto, em Linhares, Norte do Espírito Santo. “É um monstro que apareceu na vida da minha ex-nora. O cara que faz isso não pode ser gente. Fazer o que ele fez com o próprio filho. Ele [Kauã] era enteado, não era sangue dele, mas era meu sangue e sangue do meu filho”, lamenta a avó.

O neto nem chegou a conhecer o restaurante comprado há 6 meses pela avó para o pai e a tia dele. A intenção da família era levá-lo no local durante o feriado do Dia do Trabalhador, 1º de maio. “Falei com meu filho para buscar ele novamente, pois o feriado era na terça e ele ficaria com a gente de sexta até terça, mas não deu tempo”, contou.

Caso seja condenado por todos os crimes pelos quais está sendo indiciado, George Alves pode pegar até 126 anos de prisão. A expectativa da família é de que ele seja levado a júri popular. “Ele vai a júri popular e vai levar o máximo de cadeia que ele puder, eu tenho certeza. Assim como eu tenho certeza que meu neto é anjo, como duas estrelinhas brilhando. O Kauã falava da Heleninha que morreu e a gente procurava no céu a estrela pra falar da Helena. Agora ele também é uma estrelinha, junto com a irmã e o irmão dele”, concluiu.

Avós maternos

Os avós maternos de Joaquim e Kauã também foram procurados pela equipe da Rede Vitória. Em Linhares, onde moram, eles receberam o repórter Douglas Camargo, mas não quiseram gravar entrevistas. Emocionados, eles afirmaram que estão muito abalados e que respeitam o trabalho da imprensa, mas não querem mais comentar sobre o caso por causa do sofrimento que estão vivendo.

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