Polícia

Reconstituição do assassinato de Marielle dura mais de cinco horas

Quatro testemunhas, incluindo a assessora de Marielle, que sobreviveu ao ataque, participaram da perícia

Rua fechada para a reconstituição da morte de Marielle. | Foto: PH Rosa/R7

Terminou por volta das 4h15 desta sexta-feira (11) a reconstituição do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Prevista para começar às 22h, a operação atrasou quase 40 minutos, segundo a assessoria da Polícia Civil.

Quatro testemunhas, incluindo a assessora de Marielle, que sobreviveu ao ataque, participaram da perícia e contaram o que viram durante a ação. Colegas de partido também acompanharam o trabalho dos peritos.

Por volta das 2h50, foram efetuados os disparos de armas de fogo para que as testemunhas pudessem reconhecer pelo som o tipo de arma utilizada no crime. Sacos de areia foram colocados ao lado dos carros para proteger quem estava no local. Os últimos disparos foram feitos por volta das 4h.

Durante a reconstituição, os investigadores também analisaram possíveis rotas de fuga feitas pelos assassinos de Marielle.

Segundo o delegado Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídios da Capital, a reprodução simulada vai ajudar a Polícia Civil a entender a dinâmica do crime, já que não há câmeras no ponto onde o carro de Marielle foi alvejado.

"Como todos sabem, nós não contamos com imagens da dinâmica, não temos imagens do momento em que o crime ocorre. Então, a reprodução simulada se torna uma ferramenta imprescindível", disse o delegado.

A área onde foi realizada a perícia foi interditada para que o trabalho das equipes não fosse prejudicado. Lonas pretas foram colocadas em volta da rua João Paulo I, onde Marielle foi assassinada.

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