Morte irmãos carbonizados

Polícia

Desencontro de informação pode ter sustentado pedido do MPES, diz advogado de Georgeval

O pedido foi feito pelo Ministério Público contra um amigo de Georgeval

O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado / Foto: Reprodução TV Vitória

Os advogados de Georgeval Alves e Juliana Sales, acusados de participação na morte dos filhos carbonizados em Linhares, acreditam que o pedido para investigar um amigo deles por falso testemunho foi sustentado por alguma informação desencontrada. A denúncia foi feita pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

“Alguma informação que pode ter sido desencontrada, pois o pastor Abisai foi uma das pessoas que acompanhou o casal, a ocorrência dos fatos e que mais esteve com eles. Ele conversou com eles, orientou e presencialmente esteve com eles. A gente acredita que pode ter sido algum desencontro de informação que pode ter sustentado esse pedido”, explicou o advogado Helbert Gonçalves.

De acordo com a advogada Milena Freire, eles ainda não tiveram acesso a esse pedido. “Nós tivemos conhecimento pela mídia, informando da denúncia do Ministério Público. Ainda não tivemos acesso aos documentos para entender qual foi a percepção da promotora para justificar a denúncia”, afirmou.

Os promotores querem que a polícia investigue o pastor Abisai Júnior, que é um dos líderes da Igreja Batista Vida e Paz, em Conceição da Barra, norte do Estado. Ele é amigo de Georgeval e de Juliana. O casal está preso. Georgeval é suspeito de estuprar, espancar e queimar até a morte o filho Joaquim, de três anos, e o enteado Kauã, de seis anos. A mãe das crianças é suspeita de saber e não denunciar os maus tratos contra os filhos, mesmo antes do que ocorreu com eles, na madrugada de 21 de abril, em Linhares.

O Ministério Público quer que Abisai Júnior seja investigado por falso testemunho pois, depois da tragédia, ele e outro pastor, amigo do casal, foram à delegacia de Linhares prestar informações à polícia, a pedido dos advogados de defesa de Georgeval.

Os promotores não informam o teor do depoimento, bem como porque consideram falsas as declarações.

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