Morte irmãos carbonizados

Polícia

George Alves e Juliana Salles vão permanecer presos por tempo indeterminado

Na última segunda-feira, a Justiça do Espírito Santo recebeu a denúncia e expediu o mandado de prisão em desfavor de Juliana e reverteu a prisão de George em preventiva

A Justiça do Espírito Santo recebeu, na última segunda-feira (18), a denúncia feita pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Linhares, contra Georgeval Alves e Juliana Salles. O MPES também pediu a prisão preventiva deles, por prazo indeterminado, pelos crimes de duplo homicídio, estupros de vulneráveis e fraude processual. Georgeval responderá ainda pelo crime de torturas.

Juliana é mãe de Joaquim e Kauã, mortos carbonizados em um incêndio na residência onde moravam, em Linhares, no dia 21 de abril deste ano. Georgeval é suspeito de molestar, agredir e atear fogo nos meninos, segundo o inquérito policial. Ele foi preso dias depois da tragédia.

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Na última segunda-feira (18), Georgeval teve a prisão temporária revertida em preventiva, no mesmo mandado que decretou a prisão da esposa, Juliana Salles. Ela foi detida na madrugada desta quarta-feira (20), no município de Teófilo Otoni, em Minas Gerais

De acordo com o mandado de prisão expedido pelo juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, ambos foram presos por homicídio qualificado. O advogado criminalista Rivelino Amaral disse que, com base no mandado, o Ministério Publico percebeu indícios de uma possível participação de Juliana Salles na morte dos filhos. Inicialmente, a Polícia Civil do Espírito Santo descartou qualquer participação de Juliana no caso. 

"Pela imputação de homicídio qualificado, tudo indica que há indícios de autoria, de materialidade. O promotor do Ministério Público, provavelmente, encontrou elementos de uma possível participação, de conhecimento do fato, enfim, algum tipo de participação da Juliana. Por esse motivo, o juiz, ao receber os autos, decretou a prisão preventiva dela", disse o advogado.

A partir de agora, de acordo com Rivelino, ambos vão permanecer presos por prazo indeterminado. "A prisão preventiva decretada pelo juiz é para que ambos - Georgeval e Juliana - não fujam, não voltem a cometer crimes, não escondam ou omitam potenciais provas, entre outros. Eles vão permanecer detidos até que o juiz entenda que há necessidade disso".

Com a finalização do inquérito policial e o recebimento da denúncia pela Justiça, a defesa do casal terá um prazo de dez dias para responder as acusações do Ministério Público. Após isso, o juiz vai analisar os autos e realizar as audiências de instrução com as testemunhas que serão arroladas pela defesa e pela acusação. 


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