Polícia

Mais de 100 policiais militares atuarão nos campi da Ufes a partir do segundo semestre

Universidade arcará com os custos de salário e equipamentos a serem utilizados pelos policiais. Estimativa é que o custo anual seja de R$ 4 milhões

Cerca de 120 policiais militares da reserva atuarão nos quatro campi da Ufes | Foto: Breno Ribeiro

Cerca de 120 policiais militares da reserva devem atuar, de forma permanente, dentro dos campi da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a partir do segundo semestre deste ano. A informação é do prefeito universitário, Renato Schwab, que nesta quinta-feira (28) detalhou como será o policiamento ostensivo dentro das unidades da instituição.

Segundo Schwab, serão 66 policiais da reserva atuando no campus de Goiabeiras, 20 no de Maruípe - ambos em Vitória - e os demais divididos entre os campi de Alegre e São Mateus. O prefeito universitário destacou que os militares participarão de treinamentos na área de Recursos Humanos e uma capacitação para atuar em ambiente universitário.

"A presença efetiva da Polícia Militar na nossa instituição só vem a somar, a agregar esforços para fazer da Ufes um local mais seguro. Com o convênio, nosso sistema de videomonitoramento será integrado ao sistema do Ciodes (Centro Integrado Operacional de Defesa Social)”, destacou Schwab.

De acordo com o prefeito universitário, a presença dos policiais nos campi é resultado de um convênio firmado entre a Ufes e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), que tem como objetivo reforçar a segurança dentro desses locais. Segundo o gerente de Segurança e Logística da Ufes, Anival dos Santos, desde janeiro deste ano seis casos de assalto foram registrados no campus de Goiabeiras.

Prefeito universitário detalhou nesta quinta-feira como será a atuação dos militares nos campi da Ufes | Foto: Ana Paula Vieira/Ufes

Pelos termos do convênio, a Ufes arcará com os custos de salário e equipamentos a serem utilizados pelos policiais que atuarem nos campi. A estimativa é que o custo anual do convênio seja de, aproximadamente, R$ 4 milhões.

Desde 2017, a Administração Central da Ufes vem realizando reuniões com a Sesp a fim de estudar os termos do convênio que, segundo informações da secretaria, poderá ser efetivado a partir de agosto. A Ufes, no entanto, informou que ainda não há uma data exata de quando os policiais começarão a atuar nos campi.

Sistema de videomonitoramento

O prefeito universitário informou que, atualmente, o sistema de segurança da Ufes conta com vigilantes do quadro da universidade e vigilantes terceirizados armados, que atuam de forma integrada, contando com o apoio do sistema de videomonitoramento.

"Nosso sistema de videomonitoramento é muito bom. No último caso de assalto ocorrido, nossos vigilantes acompanharam o assaltante em todo o seu percurso. Mas ele, que estava de mochila, entrou na sala de aula. Pensamos tratar-se de um estudante. Mas as imagens que o flagraram são nítidas e já estão com a polícia", afirmou.

A fim de melhorar a eficácia do sistema de videomonitoramento, o prefeito universitário informou que algumas câmeras foram reposicionadas. Deste modo, atualmente elas estão distribuídas da seguinte forma: 335 câmeras no campus de Goiabeiras, 149 em Maruípe, 95 em Alegre e 137 em São Mateus, totalizando 716 câmeras nos quatro campi.

Ações de segurança

Schwab destacou ainda as ações que já foram realizadas para melhorar a segurança no campus, como o lançamento do aplicativo Alerta Ufes, a aquisição de novos equipamentos para os vigilantes da Universidade, como radiocomunicadores e motocicletas; e a troca de lâmpadas e a poda de árvores para melhorar a iluminação e o alcance das câmeras. “Atualmente, temos sete veículos circulando diariamente no campus de Goiabeiras”, disse.

Segundo ele, muitas destas ações foram sugestões da Comissão de Segurança da Ufes, instituída pela Reitoria com o objetivo apontar sugestões a serem adotadas pela Universidade na área de segurança. A Comissão contou com a participação de 14 membros, entre professores, servidores técnico-administrativos e estudantes indicados pelas direções dos centros de ensino da Ufes; pela Associação dos Docentes (Adufes); pelo Sindicato dos Trabalhadores (Sintufes), e pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE); além de representantes da Prefeitura Universitária, do Gabinete da Reitoria e da Comissão de Direitos Humanos da Universidade.