Polícia

Polícia recupera submetralhadoras furtadas de delegacia arrombada em Vitória

Material foi recuperado por policiais da Divisão Especializada de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio (DRCCP), com apoio da Polícia Militar

As duas armas foram recuperadas durante uma operação das polícias Civil e Militar | Foto: TV Vitória

Duas submetralhadoras furtadas, no último fim de semana, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) foram recuperadas pela Polícia Civil nesta quarta-feira (11). Dois indivíduos foram presos durante a tarde, suspeitos de participação no furto das armas.

Gleison Felipe da Silva Barcelos Gomes, de 20 anos, e Edilan Figueredo Pinheiro, de 23, foram detidos em um apartamento no bairro Novo Horizonte, na Serra, que pertence a Edilan. No imóvel foi encontrada uma das armas.

A outra submetralhadora foi recuperada durante a manhã, após o pai de Gleison apresentá-la aos policiais. Após ser preso, Gleison, morador do Morro do Romão, em Vitória, confessou ter participado do furto das armas na DPCA. Já Edilan, segundo a polícia, é amigo de Gleison e estava o ajudando a esconder uma das submetralhadoras.

Gleison e Edilan foram presos nesta quarta-feira, suspeitos de participação no furto das armas

Os dois suspeitos foram autuados pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, organização criminosa, além de trafico e associação ao tráfico de drogas. Outros dois suspeitos de participação no furto das armas já foram identificados pela polícia, mas seguem foragidos e, por isso, não tiveram os nomes revelados.

Leia também:

- “Nós não temos segurança das instalações", diz sindicato sobre arrombamento da DPCA

Durante a operação que resultou na recuperação das duas armas, a polícia também apreendeu 42 munições calibre ponto 40, seis carregadores das submetralhadoras, cerca de 500 gramas de maconha e 416 buchas da mesma droga.

Falhas

O delegado-chefe da Polícia Civil do Espírito Santo, Guilherme Daré, admitiu falhas na segurança da delegacia e afirmou que as armas não deveriam estar no cofre que foi arrombado pelos criminosos.

"O cofre não era para colocar arma de fogo, principalmente arma longa. Colocaram, houve uma falha e nós vamos corrigir. E vamos ver como foi feito isso, por que foi feito, de que forma foi feito e, se tiver que punir, nós vamos punir", ressaltou Daré.

O delegado afirmou também que não há indícios, até o momento, de participação de policiais civis no furto das armas. "Nós vamos investigar porque a corregedoria tem que investigar e com rigor [a possível participação de policiais no crime]. Agora, dizer que tem participação não. Não temos prova nenhuma de participação de nenhum policial civil", frisou.

Arrombamento

Armas foram furtadas da DPCA no último fim de semana | Foto: Reprodução/TV Vitória

A invasão à DPCA foi descoberta por um investigador, que chegou para trabalhar na manhã de segunda-feira (09). Os criminosos entraram na delegacia por uma porta com grade que fica nos fundos do local. Um cofre onde ficavam as armas também foi arrombado e as submetralhadoras foram levadas.

A suspeita é de que os bandidos tenham fugido por uma área de vegetação que fica atrás da delegacia e adentrado ao Morro do Cruzamento. 

Pontos moeda