Polícia

Jovem assassinada em Vila Velha pode ter sido vítima de possível poder paralelo

Thaís Oliveira Rodrigues foi morta por criminosos ao buscar um bolo de aniversário para comemorar mais um ano de vida da mãe e da irmã

Breno Ribeiro

Redação Folha Vitória
Mensagem deixada em muro do bairro Morada da Barra | Foto: Patrícia Battestin || Divulgação

O assassinato da jovem Thaís Oliveira Rodrigues, de 22 anos, na noite deste sábado (18), é mais um caso de violência que choca o Espírito Santo. Contudo, o crime chama ainda mais a atenção quando se analisa a existência de um possível poder paralelo que toma conta de bairros periféricos capixabas.

Thaís foi morta por criminosos ao buscar um bolo de aniversário para comemorar mais um ano de vida da mãe e da irmã. Segundo um familiar da vítima, Thaís, a mãe, a tia, a avó e a irmã estavam em um carro no bairro Morada da Barra, quando criminosos renderam o veículo a atiraram contra a família. A jovem foi atingida na região das costas.

Há informações de que bandidos impõem que os veículos circulem com vidros abaixados e luz interna acesa dentro do bairro Morada da Barra, em Vila Velha. Segundo o padrinho de Thaís, o carro da família estava com os vidros abertos, porém, com a luz interna apagada. Ele afirma que os criminosos deram vários tiros assim que o carro parou.

A tia de Thaís estava na condução do veículo e acelerou. Contudo, um dos tiros atingiu o pneu do carro. A mulher parou o carro no caminho e solicitou ajuda. As vítimas foram ao Hospital Santa Mônica, também em Vila Velha. Entretanto, Thaís não resistiu aos ferimentos. A avó da jovem, que também foi baleada, passa bem. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

"Proibido roubar"

Em fevereiro deste ano, cartazes com ameaças a quem comete furtos foram afixados em postes e muros do bairro Bonfim, em Vitória. A mensagem no comunicado dizia que 'é proibido roubar, quem não obedecer vai ser punido'. Várias cópias foram espalhadas ao longo da Avenida Marechal Campos. Ninguém soube quem espalhou os cartazes.

No texto, a proibição abrangia roubos a pessoas, estabelecimentos comerciais, roubos de celulares e de veículos. Um dos cartazes foi colado em um poste em frente à sede da Divisão Patrimonial, onde são investigados crimes contra o patrimônio, como os roubos. A notícia sobre os cartazes se espalhou com a ajuda das redes sociais.

Na ocasião, a Polícia Civil (PC) abriu investigações para identificar o autor ou autores da mensagem, assim como quem espalhou os cartazes. A PC também solicitou que a Prefeitura de Vitória removesse o material. 

Polícia Militar

A reportagem fez contato com a Polícia Militar do Estado (PMES) para posicionamento sobre os fatos. A instituição não quis comentar acerca de um possível poder paralelo em bairros periféricos da Grande Vitória e se limitou a dizer que está à disposição da comunidade para solucionar questões de segurança pública no bairro Morada da Barra.

Veja o que disse a PMES em nota: "A Polícia Militar pede que a população colabore com o trabalho da polícia através das denúncias que podem ser feitas pelo telefone 181 ou pelo site www.disquedenuncia181.es.gov.br. É importante destacar que em toda a área da 13a Companhia Independente há uma redução contínua dos homicídios e que a PM à disposição da comunidade para que juntos busquem soluções para as questões de segurança pública no bairro".

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