Mulher é presa após ser encontrada deitada em cima do corpo do marido em Guarapari

Uma mulher foi presa após ser encontrada deitada em cima do marido que estava morto. O corpo de Washington Mantovanelli, de 53 anos, foi encontrado dentro do banheiro da casa, no bairro Itapebussu, em Guarapari. A suspeita é de que ela tenha cometido o crime.

O casal morava junto. Ele era estoquista de uma loja e esteve no trabalho, pela última vez, na última quinta-feira (16). “Na sexta ele não trabalhou, no sábado não apareceu e segunda e terça ficamos muito preocupados”, relatou o gerente de loja Alex Loures.

Com o sumiço do empregado, o gerente pediu para que uma funcionária da loja fosse até a casa dele. Ela chegou a chamar pelo casal. Diante do silêncio, resolveu pedir ajuda em uma borracharia. “A colega de trabalho dele veio aqui, pois sentiu falta dele, e pediu ajuda. Pulamos lá, perguntamos e nada. Depois que meu irmão pulou, ela [a mulher] respondeu e disse que ele estava morto no banheiro com ela. Aí o gerente dele comunicou a polícia”, afirmou o borracheiro Aimar Silva.

O borracheiro relatou que os policiais tiveram que serrar o cadeado do portão e arrombar a porta do banheiro da casa. No local, eles encontraram Jurema Gomes, conhecida como Jô, deitada sobre o corpo do marido. “Tiramos a chave da porta, mas ela estava trancada dentro do banheiro. Depois chegou outra viatura e o Samu. Eles arrombaram a porta e constataram a morte dele”, explicou o borracheiro.

A polícia constatou hematomas e uma facada no corpo do Washington, e suspeita que ele tenha sido morto pela mulher. Ela foi detida e levada para a Delegacia de Guarapari. Vizinhos informaram que a convivência do casal era conturbada. “Algumas vezes ele chegou a comentar que a esposa dele estava com síndrome do pânico e há alguns meses ela não saía de casa”, contou o gerente.

A liberação do corpo do estoquista foi feita por um irmão e uma tia no Departamento Médico Legal (DML) em Vitória, na manhã desta quarta-feira (22). Segundo a tia, ele era um homem trabalhador e muito alegre, mas possuía um vício em bebidas alcoólicas. Fato também relatado pelo borracheiro. “Ele tinha problemas com bebida e ela psicológicos. Tinha brigas e ela insultava ele também do nada”, disse.

O caso está nas mãos do delegado Tarik Souki. Procurado pela equipe da TV Vitória, informou por meio de policiais da delegacia que participava de uma reunião e só poderia dar informações da investigação durante a tarde.