Polícia

Sargento da PM que se envolveu em confusão com adolescente não será afastado das funções

Uma confusão de trânsito terminou em agressões entre um policial militar e outras duas pessoas na manhã do último domingo (16)

O sargento da Polícia Militar (PM) que deu um tapa no rosto de uma adolescente não será afastado das funções até que a Corregedoria da PM conclua as investigações sobre o caso. As imagens da agressão foram gravadas por um celular.

A confusão aconteceu durante uma discussão no trânsito após uma pequena batida na Rodovia Norte-Sul, em Laranjeiras, na Serra. 

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O pai da adolescente, Odorico Coelho, contou como a batida aconteceu. "Por três vezes consecutivas, ele [o policial] acelerou, e na hora que eu fui, ele freou. Um pouco mais adiante, ele foi para a pista da direita e eu entendi que poderia passar. Mas quando tentei ultrapassar, ele tentou voltar para a pista, provocando intencionalmente a colisão".

A conduta do sargento será investigada pela Polícia Militar. O corregedor da corporação, Alessandro Juffo, disse que a menina levou um tapa no rosto porque desacatou o policial. 

"Não coadunamos com nenhum ato de violência. Se eventualmente ficar comprovado que, por parte dele [policial militar], houve qualquer excesso, ele será responsabilizado", disse o corregedor. 

O pai da menina agredida no rosto foi detido, autuado em flagrante por tentativa de lesão corporal e desacato à autoridade, mas liberado após pagar fiança. A filha dele respondeu por desacato à autoridade, assinou um termo circunstanciado e foi reintegrada à família.

Já o policial militar assinou um Termo Circunstanciado (TC) por abuso de autoridade.

Confira a nota na íntegra da Polícia Militar:

"O início do vídeo mostra o que parecem ser agentes da guarda municipal tentando, junto com o policial militar, conter um homem. 

A mulher que aparece em primeiro plano oferece resistência a fim de impedir a ação, chegando a desferir um tapa no PM, tentando, logo em seguida, retirar o que parece ser um telefone das mãos do policial, o que provoca a reação do servidor militar. 

É importante ressaltar,  que a resistência de terceiros no impedimento de uma ação legal de agente público competente constitui crime. 

Será instaurado processo administrativo para apurar responsabilidades.

A Polícia Militar ressalta seu compromisso com o povo capixaba em defesa da verdade ampla dos fatos e não coaduna com atos de violência."

Veja a reportagem:


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