Polícia

Advogado justifica a ausência de Dondoni e diz que o silêncio é um direito constitucional

De acordo com o Ministério Público, Wagner Dondoni provocou o acidente em que três pessoas da mesma família morreram. O réu não compareceu ao júri na manhã desta segunda-feira

Foto: Reprodução
Rogério Pires, advogado de Dondoni. 

O julgamento do caso Dondoni começou na manhã desta segunda-feira (05). O réu, Wagner Dondoni, não compareceu ao júri, no Fórum de Viana. O advogado do acusado, Rogério Pires Thomaz, explicou o não comparecimento de Dondoni.

Para o advogado, é um direito constitucional do réu ficar em silêncio. Thomaz também relatou que existem dois fatos que precisam ser destacados. ‘’Conforme está demonstrado no processo, inclusive com perícias, esse incidente ocorrido não foi resultado de causa do Wagner. Está demonstrado nos autos que embora ele tenha ingerido a bebida alcoólica, o outro veículo que entrou na contra-mão. Uma coisa não exclui a outra. Ele teve uma infelicidade de um veículo invadir a pista dele’’, declarou Thomaz.

Além disso, o advogado afirmou que foram dua perícias. ‘’A própria perícia do Espírito Santo falou não pode afirmar que ele estava em excesso de velocidade. A defesa sequer se preocupou em fazer uma perícia paralela, confiou na própria perícia do Espírito Santo’’, disse.  

Dondoni, como é conhecido, é acusado de triplo homicídio doloso e mais seis tentativas de homicídio. Na manhã no dia 20 de abril de 2008, a caminhonete que ele dirigia colidiu com um carro de passeio, dirigido por Ronaldo. O acidente aconteceu na BR 101, em Viana, e matou a esposa e os dois filhos de Ronaldo. Horas após a batida, Wagner Dondoni realizou exame, que comprovou que ele dirigia embriagado no momento do acidente. Encaminhado ao DPJ de Cariacica, Dondoni pagou fiança e foi liberado. 

Entenda o caso

No dia 20 de abril de 2008, uma caminhonete guiada por Wagner Dondoni colidiu com um carro dirigido por Ronaldo Andrade, por volta das 07 horas da manhã. O acidente aconteceu na altura do quilômetro 304, da BR 101, em Viana. Ronaldo e a família seguiam para Guaçuí, no sul do Estado.

Morreram no acidente: os filhos de Ronaldo, Rafael Scalfone Andrade, de 13 anos, e Ronald, filho caçula, 03 anos. Maria Sueli Costa Miranda, 29 anos, mulher de Ronaldo, ficou internada três dias mas não resistiu.

No dia do acidente, um exame de embriaguez feito no empresário por coleta de sangue dez horas após o crime comprovou que Wagner Dondoni dirigiu sob influência de álcool. Logo após o acidente, Dondoni foi detido e encaminhado ao DPJ de Cariacica, mas foi liberado após pagar fiança em pouco mais de R$ 2 mil.

No dia 24 de abril de 2008, Dondoni foi novamente preso ao depor, mas em setembro daquele ano, foi novamente posto em liberdade. 

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