Polícia

Dondoni não comparece a julgamento marcado para esta segunda-feira no Fórum de Viana

No dia 07 de junho de 2018, um último recurso apresentado pela defesa de Dondoni não foi aceito no STJ.

Foto: Reprodução TV Vitória

Começou nesta segunda-feira (05) o julgamento do caso Dondoni. Por estratégia da defesa, o empresário não compareceu a audiência. De acordo com a justiça, em 2008, Wagner Dondoni provocou o acidente onde três pessoas da mesma família morreram.

Dondoni, como é conhecido, é acusado de triplo homicídio doloso e mais seis tentativas de homicídio. Na manhã no dia 20 de abril de 2008, a caminhonete que ele dirigia colidiu com um carro de passeio, dirigido por Ronaldo. O acidente aconteceu na BR 101, em Viana, e matou a esposa e os dois filhos de Ronaldo. Horas após a batida, Wagner Dondoni realizou exame, que comprovou que ele dirigia embriagado no momento do acidente. Encaminhado ao DPJ de Cariacica, Dondoni pagou fiança e foi liberado. 

Durante toda manhã, a movimentação no local foi tranquila. Testemunhas da defesa e da acusação entraram pela porta principal. Fabiano Contarato foi convocado a depor na audiência. Na época do crime, Contarato determinou a prisão de Dondoni.

A presença de Dondoni foi aguardada mas às 9 horas o advogado do acusado disse que por uma estratégia da defesa, Dondoni não compareceria. Segundo ele, a ausência do acusado não irá interferir no julgamento. 

Segundo advogados que cuidam do caso, a sessão de julgamento deve durar todo o dia. Todos os juízes da Comarca de Viana se recusaram a julgar o caso. Os magistrados alegaram motivo de foro íntimo. Coube ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo nomear um juiz do município de Itapemirim para o processo.

O juiz determinou que fossem separadas 15 cadeiras para familiares da vítima e 15 cadeiras para familiares do réu. Todos os assentos serão identificados previamente. O magistrado proibiu filmagem, fotografia, gravação e uso de telefone celular ou similares no Plenário.

O irmão, a cunhada, e um casal amigo de Ronaldo Andrade, marido e pai das vítimas, acompanham o julgamento. Nenhum parente de Dondoni está presente. Ao todo, estão sete jurados: cinco mulheres e dois homens

Com informações da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória!

Júri Popular

Em abril de 2009, o juiz responsável pelo caso, na época, decidiu pronunciar o acusado e levá-lo a júri popular. Em janeiro de 2010, os desembargadores do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) mantiveram a decisão. Mas um recurso foi impetrado pela defesa do réu contra o júri popular. O processo foi encaminhado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

Desde então, uma série de recursos foram impetrados na esfera estadual e nacional. Mas no dia 07 de junho deste ano, um último recurso apresentado pela defesa de Dondoni não foi aceito no STJ. Ele transitou em julgado, ou seja, não há mais possibilidade de recursos. Desde o dia 09 de junho, o processo está concluso para despacho, aguardando as próximas etapas até o julgamento, mas o andamento foi interrompido pela suspeição indicadas por juízes de Viana.

Entenda o caso

No dia 20 de abril de 2008, uma caminhonete guiada por Wagner Dondoni colidiu com um carro dirigido por Ronaldo Andrade, por volta das 07 horas da manhã. O acidente aconteceu na altura do quilômetro 304, da BR 101, em Viana. Ronaldo e a família seguiam para Guaçuí, no sul do Estado.

O único sobrevivente do acidente foi o cabeleireiro Ronaldo Andrade, marido e pai das vítimas. Morreram no acidente: os filhos de Ronaldo, Rafael Scalfone Andrade, de 13 anos, e Ronald, filho caçula, 03 anos. Maria Sueli Costa Miranda, 29 anos, mulher de Ronaldo, ficou internada três dias mas não resistiu.

No dia do acidente, um exame de embriaguez feito no empresário por coleta de sangue dez horas após o crime comprovou que Wagner Dondoni dirigiu sob influência de álcool. Logo após o acidente, Dondoni foi detido e encaminhado ao DPJ de Cariacica, mas foi liberado após pagar fiança em pouco mais de R$ 2 mil.

No dia 24 de abril de 2008, Dondoni foi novamente preso ao depor, mas em setembro daquele ano, foi novamente posto em liberdade. Em 2009, Dondoni chegou a ser preso em Minas Gerais por usar documentos falsos, mas foi novamente liberado pela Justiça.

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