Polícia

1,2 mil crimes virtuais registrados em 2017 no Espírito Santo

Nos primeiros seis meses do ano, 120 casos de perfis falsos já foram investigados pela Delegacia de Crimes Eletrônicos

Nesta semana, o secretário de Estado de Controle e Transparência, Eugênio Ricas, teve sua foto usada indevidamente para a criação de um perfil falso no aplicativo de relacionamentos Tinder. Este caso levantou o alerta para a gravidade destes crimes. Somente no primeiro semestre de 2017, mais de 120 casos parecidos já foram investigados no Espírito Santo.

De acordo com a delegada de Crimes Eletrônicos, Claudia Dematté, mais de 1200 casos de crimes virtuais já foram registrados no Estado desde o início deste ano. Em entrevista ao programa Fala Manhã, da TV Vitória/Record TV, ela explicou a importância de comunicar esta situação na polícia.

Para ela, quem já foi vítima de um crime virtual deve procurar a delegacia para que seja dado início à uma investigação. "Da mesma forma que o crime no mundo real deixa vestígios, no mundo virtual também. As investigações são mais complexas e podem ser mais demoradas. Mas é possível chegar a autoria para que as providências sejam tomadas", disse.

Quem também já foi vítima desse tipo de crime foi o repórter do Balanço Geral Vitor Moreno. Segundo ele, alguém criou um perfil no Facebook usando sua foto e nome. "No início, pensei que era alguém fazendo algum tipo de brincadeira, mas o perfil falso começou a me enviar mensagens me intimidando. Depois disso, fui a delegacia e registrei a ocorrência", conta.

A delegada ainda alerta que muitos perfis falsos podem ser criados para a prática de outros crimes. "Já houve caso da criação de um perfil com nome e foto de um adolescente, que adicionou outros menores de idade e começou a pedir fotos pornográficas e isso chegou a evoluir para um caso de estupro", conta.

Na hora de aceitar solicitações de amizades no Facebook, é importante fazer uma análise de quem está sendo adicionado. Para a delegada, o ideal é adicionar apenas pessoas conhecidas, verificar as amizades em comum e até pesquisar em outras redes sociais se as fotos estão coincidindo.

Quem for vítima de algum tipo de crime virtual deve procurar a delegacia para registrar o boletim de ocorrência. "É importante que leve o print da tela do computador para que tenhamos acesso à URL [endereço virtual] e começarmos nossa investigação. Não serve o print do celular", orienta a delegada.

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