Polícia

Comerciantes são presos suspeitos de vender arrebite para caminhoneiros no Espírito Santo

Reni Elias Sartori e Antônio Domingos Angelo Mário são donos de duas lanchonetes, às margens da BR 101, onde foram encontradas substâncias proibidas

Dois comerciantes foram presos em flagrante, durante uma operação realizada pela Polícia Civil, na madrugada desta quarta-feira (12), acusados de vender remédios estimulantes para caminhoneiros - conhecidos como "arrebite". Reni Elias Sartori, de 61 anos, e Antônio Domingos Angelo Mário, de 50, são donos de duas lanchonetes onde foram encontradas substâncias proibidas.

Os estabelecimentos são anexos a postos de combustíveis localizados às margens da BR 101, em Mimoso do Sul e Guarapari. A polícia chegou até as duas lanchonetes após receber uma denúncia anônima de um motorista, ex-funcionário da empresa envolvida no acidente na BR 101, em Guarapari, que matou 23 pessoas, no final do mês passado.

"Durante essas apurações, um dos ex-funcionários da empresa nos indicou, na BR 101, quatro pontos onde possivelmente haveria a venda da substância arrebite. É a mesma substância encontrada no sangue do motorista que faleceu naquele dia da tragédia", ressaltou o titular da Delegacia de Delitos de Trânsito, delegado Alberto Roque Peres.

"Uma grande parcela dos caminhoneiros não consomem esse tipo de drogas e, portanto, auxiliaram a polícia, e muito, a chegar nos vendedores desses materiais ilícitos", completou o superintendente adjunto da Superintendência de Polícia Especializada (SPE), delegado Diego Yamashita.

Em Mimoso do Sul, as equipes da Polícia Civil encontraram 1,5 mil unidades de Nobésio e 169 de Desobesi. Os policiais também acharam no local 29 cartelas de um produto similar ao Viagra. Já em Guarapari, foram localizados 157 comprimidos de Nobésio. 

Outros dois estabelecimentos às margens da BR 101 Sul também foram denunciados, mas nesses locais a polícia não encontrou droga ou funcionários vendendo substâncias proibidas. Os dois comerciantes detidos responderão por tráfico de drogas. 

"A gente solicita às pessoas que denunciem. Se você souber de locais em que haja a venda dessas substâncias, procure a Polícia Civil ou ligue para o Disque-Denúncia, no 181, que a gente vai fazer a devida apuração e ir aos locais. Lembrando que essa substância ajudou e vai continuar ajudando, enquanto ela estiver sendo consumida, a causar acidentes, o que para nós, da Delegacia de Delitos de Trânsito, não é um acidente, porque é um fato previsível e evitável", destacou Alberto Roque Peres.




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