Ex-marido de cabeleireira assassinada em Jardim Camburi é condenado a 28 anos de prisão
O Tribunal do Júri de Vitória também condenou a 22 anos de prisão o homem que ajudou a planejar o crime e emprestou o carro para o atirador
Dois acusados pelo assassinato da cabeleireira Ivone Borges Mota em 2013, no bairro Jardim Camburi, em Vitória, foram a Júri Popular nesta quinta-feira (27). Nerivaldo Pereira dos Reis, ex-marido da vítima e mandante do crime, foi condenado a 28 anos de prisão. Gildázio Souza do Nascimento, que ajudou a planejar o assassinato e emprestou o veículo para o delito, recebeu a pena de 22 anos. Já o executor do crime, Virmondes Lins, ainda não foi a Júri porque o recurso contra a sentença de pronúncia ainda não foi concluído.
De acordo com o processo, no dia dos fatos, Nerivaldo pegou um veículo emprestado com Gildázio e conduziu Virmondes ao bairro Jardim Camburi para assassinar a ex-mulher. A ordem era para que ele atirasse contra a vítima com apenas um disparo, para parecer que era apenas um assalto.
No julgamento realizado pelo Tribunal do Júri Popular na tarde de ontem, no Fórum Criminal de Vitória, o Conselho de Sentença entendeu que o crime foi praticado por motivo torpe, já que Nerivaldo determinou a morte da ex-esposa, por não aceitar o fim do relacionamento amoroso, prometendo a Virmondes uma recompensa de R$2 mil reais e a arma usada no crime. O Júri também considerou que o crime foi praticado mediante emboscada, não dando chance para a vítima se defender.
O Juiz Marcos Pereira Sanches, que fez a dosimetria das penas, explicou na sentença que os crimes de homicídio e roubo foram cometidos em concurso formal, ou seja, uma ação desdobrada em vários atos, com multiplicidade de dolo. E, por esse motivo, as penas foram somadas.