Polícia

Nove anos depois, preso dono de carro usado em atropelamento de jovem em Vila Velha

O acidente aconteceu há nove anos, mas os acusados só foram para a cadeia agora. A mulher que dirigia o veículo foi presa no ano passado

O dono do veículo que causou o acidente do jovem Rodrigo Lopes foi preso nesta sexta-feira (18). Maurício Sonegeth estava com mandado de prisão em aberto. O acidente aconteceu no dia 30 de agosto de 2008. O acusado estava no banco carona do veículo quando Gabriela Bernardino dos Santos, que dirigia o veículo, sem carteira de habilitação e alcoolizada, atingiu o jovem. Ela também foi condenada.

“Assim que nós tomamos conhecimento do caso e do mandado de prisão, demos início a busca pelo paradeiro do Maurício. Os policiais fizeram diligencias em Vitória, na Serra e em Aracruz por diversas vezes. Nesta manhã conseguiram localizá-lo trabalhando em Serra Sede, onde ele foi preso. Ele não resistiu à prisão, já tinha conhecimento do mandado de prisão contra ele e simplesmente estava tentando não ser preso. Ele foi condenado a seis anos. Inicialmente o regime será o semiaberto”, disse o delegado Marco Aurélio.

A acusada de atropelar e matar Rodrigo foi presa no dia 15 de fevereiro do ano passado. Ela foi conduzida para a 2ª Delegacia Regional de Vila Velha para a realização dos trâmites cabíveis e depois conduzida para o Centro de Triagem de Viana. Ela cumpre pena de oito anos e seis meses em regime fechado.

De acordo com a polícia, a universitária não possuía carteira de habilitação, estava embriagada e o carro que dirigia pertencia a Sonegheti, que estava no banco do carona. Após o acidente, os dois fugiram do local sem prestar socorro à vítima. Na época a jovem chegou a ser presa, mas foi liberada poucos dias depois. Segundo o dono do carro, ele não emprestou o veículo para a mulher.

“Eu me arrependo de estar na hora errada e no local errado. Eu não cedi a chave [do carro] para ela. Estava em cima da mesa. Eu já estava dentro do carro dormindo. Ela que pegou e deu ré. Quando eu acordei o carro já estava em movimento, mas eu não cedi em momento nenhum e nós não discutimos se ela tinha carteira ou não. Eu tinha conhecido ela naquela noite, porque eu ia perguntar se ela sabe dirigir ou não? Nós bebemos e eu não nego. Eu ia continuar dormindo ali até passar o efeito, só que por ela morar ali perto ela tentou pegar o carro e quando eu acordei o carro estava em movimento. Foi muito rápido. Eu não queria que isso acontecesse. Foi uma fatalidade. Eu sinto muito pela família do Rodrigo, que deve ter sofrido muito. Mas eu tenho a consciência tranquila que eu não fugi. Fiquei lá até o final’, contou.

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