Polícia

Setor de inteligência da polícia vai investigar incêndios a ônibus em Cariacica

Foram dois coletivos que foram incendiados por bandidos nas últimas 24 horas

A polícia está investigando se a ação dos criminosos que incendiaram dois ônibus do sistema Transcol em Cariacica foi em protesto contra a prisão de comparsas. A informação foi passada pelo coronel Ramalho, comandante do Policiamento Ostensivo Metropolitano, durante uma entrevista ao Fala Manhã, na TV Vitória. O primeiro coletivo a ser incendiado na manhã da última quinta-feira (10), no bairro Santo Antônio. Já o segundo aconteceu na manhã desta sexta-feira (11), em Nova Brasília.

“A Polícia Militar fica completamente consternada com essa situação, se solidariza com a comunidade carente desses bairros que já passa por inúmeras dificuldades. Os nossos esforços são diários, desde reuniões com representantes da categoria, como motoristas, trocadores, a própria Ceturb, a Polícia Civil, para tentar mudar isso. Infelizmente esses indivíduos covardes, ligados ao tráfico de entorpecentes, cometem esses atos se aproveitando de situações onde a Polícia Militar não é onipresente”, destacou o coronel.

O comandante afirmou que não só o policiamento ostensivo será feito, mas também haverá uma investigação sobre esses casos. “Uma profunda área de investigação, tanto da Polícia Civil quanto da inteligência da Secretaria de Segurança Pública e da Polícia Militar será feita para tentar identificar as causas e os motivos que realmente estão por traz disso [dos incêndios]”, afirmou Ramalho.

Além dos casos de incêndio, de acordo com o Sindicato dos Rodoviários, são até três assaltos por dia na Grande Vitória. Por mês, até 15 rodoviários pedem demissão por causa da insegurança.

“São 360 mil viagens por mês. São de 400 a 600 mil pessoas que usam esse meio de transporte. É uma cápsula com motorista, cobrador e passageiros que andam por áreas de vulnerabilidade social e que a Polícia Militar, infelizmente, sozinha, ela não consegue fazer frente a enorme demanda. Paralelo a isso temos 1200 ocorrências todos os dias, inúmeros serviços que a PM presta a comunidade, e ainda assim estamos fazendo 7 mil abordagens desde janeiro a hoje. São 2500 ações exclusivas para ônibus. Temos também a marginalidade desenfreada no Brasil que não respeita uma legislação. Muitas vezes prendemos com armas, simulacros, mas no outro dia estão soltos”, disse. 

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