Polícia

Caso Milena Gottardi: saiba quais são os próximos passos na investigação do crime

A pena para os suspeitos do crime, se foram condenados, pode chegar a 30 anos

Cinco suspeitos de participação na morte da médica Milena Gottardi Tonini Frasson, de 38 anos, já estão cumprindo prisão temporária. Além deles, foi detido nesta segunda-feira (25) mais um acusado, identificado como Hermenegildo Palauro Filho. Com a prisão temporária, eles passarão 30 dias presos, enquanto o delegado responsável pelo caso realiza as investigações e conclui o inquérito.

Esta é uma medida necessária quando os suspeitos de envolvimento no crime apresentam algum risco de interferir nas investigações, como alterar evidências, ameaçar testemunhas, destruir provas ou até fugir. A prisão temporária pode ser prorrogada por mais 30 dias, ou ser convertida em prisão preventiva, sem prazo para terminar.

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O ex-marido de Milena e suspeito de ser o principal mandante do crime está preso em um anexo na Delegacia de Novo México. O pai dele, apontado como o segundo mandante; Dionathas Alves Vieira, suspeito de ter atirado; o lavrador Valcir Silva Dias, intermediador na contratação de Dionathas; e Bruno Rodrigues, que teria roubado a moto usada no crime, estão no Complexo Penitenciário de Viana.

O advogado de defesa de Hilário e também presidente da OAB no Espírito Santo, Homero Mafra, afirmou que entraria com um pedido de habeas corpus. Na prática, significa pedir que ele aguarde o andamento do inquérito e do processo em liberdade.

Por enquanto, os cinco presos e Hermenegildo, que foi detido nesta segunda-feira (25) por intermediar a negociação, estão sendo tratados como suspeitos. A investigação policial é a primeira fase de um extenso trabalho para apurar o envolvimento deles no crime. Termina quando o inquérito é concluído e remetido para a Justiça.

A investigação, até agora, aponta para o crime de homicídio qualificado pelo fato de a vítima ser mulher, o já conhecido feminicídio. Este tipo de crime é julgado pelo tribunal do júri, composto por sete jurados, cidadãos comuns, que decidem quem é culpado e qual sentença será dada. A pena vai de 12 a 30 anos de detenção, mas até lá ainda tem muito trabalho a ser feito, pois além da conclusão do inquérito, existem audiências a serem realizadas.

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