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Polícia pede prisão de suspeita de matar secretário no Sul do Estado

Carla Rogério Ribeiro vai responder pelo crime de homicídio por motivo fútil. O taxista que a conduziu ao local do crime também será indiciado

A Polícia Civil solicitou o mandado de prisão preventiva contra Carla Rogério Ribeiro Lima, 46 anos. Ela é a principal suspeita de matar um secretário municipal de Itapemirim, região Sul do Estado. José Mauro Sales foi morto a tiros dentro da própria casa no início deste mês, em Itaoca.

De acordo com o delegado titular da 9ª Delegacia Regional de Itapemirim, Djalma Pereira Lemos, os indícios do crime delimitaram as investigações para identificar o suspeito. "A vítima foi baleada nas mãos e tentou fazer uma defesa. Ele levou quatro disparos nas costas, onde concluímos que quem praticou o crime não foi um profissional", explicou.

De acordo com a polícia, Carla ocupava o cargo de diretora de Defesa Civil do município. No início de agosto, ela foi desligada do cargo e não se conformava. A empresa do marido da suspeita tinha contratos com a prefeitura para a realização de eventos, mas passou a ter problemas com novas licitações. O setor era chefiado pela vítima.

Para o secretário de Segurança Pública, André Garcia, elementos apontam que a autora tinha interesse na morte da vítima. "Tinha interesse por ter sido exonerada do cargo e atribuía à vitima a responsabilidade pelos prejuízos que supostamente teriam sido impostos a ela", disse.

Imagens das câmeras de segurança da região ajudaram a identificar a autoria do crime. Segundo a polícia, Carla chegou à casa do secretário em um táxi. Poucos minutos depois, ela deixou o local no mesmo veículo. Segundo o delegado, o taxista confirmou que levou a suspeita até o local do crime e a reconduziu até a residência após os disparos. "Dentro do táxi, ele teria ouvido ela dizer que iria matar alguém, mas ele não sabia que ela iria realmente concretizar a ação", relatou.

As investigações apontaram que a arma utilizada pertence ao marido de Carla e era mantida na casa do casal de forma irregular. O revólver calibre 39 foi encaminhado para a perícia. Para a polícia, o companheiro contou que a suspeita chegou a informar que mataria o secretário, mas a família não acreditou que isso pudesse ocorrer.

A polícia ainda informou que a suspeita desapareceu um dia após o crime. A ex-diretora de Defesa Civil deve responder pelo crime de homicídio por motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima. O motorista que conduziu a suspeita também pode ser indicado pelo assassinato do secretário.

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