Polícia

Ações buscam combater a violência contra a mulher em Cachoeiro

De janeiro a setembro de 2017, foram atendidas 32 vítimas de violência física, psicológica ou sexual, e realizados 119 atendimentos a mulheres com os direitos violados no Creas do município

Os casos de violência contra a mulher têm chamado a atenção e ganhado reforço com ações e projetos para a redução dos números. Desde março deste ano, a prefeitura de Cachoeiro intensificado as ações, ao mesmo tempo em que busca o fortalecimento da rede de assistência às vítimas desse crime.

Além da campanha ‘Laço Branco’, o município aderiu ao projeto ‘Homem que é Homem’, da Polícia Civil. No programa, os homens agressores que foram denunciados participam de um ciclo de palestras com temas voltados para a desconstrução de ideias sexistas e machistas. O primeiro encontro foi realizado na última quarta-feira (25).

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social tem apostado cada vez mais nas ações de conscientização, e tem promovido rodas de conversa nas comunidades e nas escolas de ensino médio, para que especialistas esclareçam questões relacionadas às múltiplas formas de violência a que as mulheres podem ser submetidas. Mais de 1,5 mil pessoas já participaram dessas ações.

“Nos encontros nas comunidades, as mulheres têm a oportunidade de se manifestar abertamente, tirar dúvidas e têm feito isso cada vez mais. Muitas só percebem ou descobrem que são vítimas de violência, em alguma medida, depois dessa conversa com a especialista. Todas são instruídas sobre seus direitos e a não hesitarem em denunciar seu agressor”, explica a secretária de desenvolvimento Social, Márcia Bezerra.

Prevenção e reparação

A divulgação dos Serviços de Atenção à Mulher, desde a prevenção até a reparação de violação de direitos, é outra ação desenvolvida no município. Nos Centros de Referências de Assistência Social (Cras), de janeiro a setembro de 2017, participaram uma média mensal de 290 mulheres nos grupos de convivência.

No Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), há equipe especializada, com psicólogos e assistentes sociais, para atendimento às mulheres violentadas. De janeiro a setembro de 2017, foram atendidas 32 vítimas de violência física, psicológica ou sexual, e realizados 119 atendimentos a mulheres com os direitos violados.

Outras ações preventivas desenvolvidas são: a ‘Ciranda Feminina’, em como objetivo divulgar informações sobre a Lei Maria da Penha e direitos da mulher; e a ‘Promotoras da Paz’, que tem a finalidade de capacitar agentes comunitários de saúde, profissionais de educação e lideranças comunitárias para atuarem como mediadores de conflitos e auxiliares no enfrentamento à violência doméstica.

Apoio à Família

Em julho, foi implantado o projeto Ronda de Apoio à Família (Rafa), desenvolvido pela Secretaria de Defesa Social, por meio da Guarda Civil Municipal (GCM). Atualmente, agentes da corporação acompanham 39 mulheres que já sofreram violência doméstica. Elas recebem em casa as visitas tranquilizadoras da equipe, que verifica se o ciclo de agressões foi de fato interrompido. A Rafa também leva palestras a escolas e igrejas e faz encaminhamentos aos órgãos que compõem a rede de assistência às mulheres violentadas.

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