Polícia

Bingo comandado por idosa é fechado pela polícia em bairro nobre de Vitória

O esquema do estabelecimento era bastante organizado, com banheiros e comida à disposição dos apostadores

Um bingo clandestino, localizado na Praia do Canto, bairro nobre de Vitória, foi fechado pela polícia na tarde dessa quinta-feira (05). O local era comandado por uma mulher de 34 anos.

Do lado de fora do local onde funcionava o bingo, câmeras de videomonitoramento monitoravam o movimento. O estabelecimento possui um portão comum, que não levanta nenhuma suspeita. Para a equipe entrar no local, os policiais tiveram que ficar esperando a chegada de um apostador.

Segundo o delegado da Decodi, Icaro Ruginski, a investigação foi iniciada após denúncias de familiares. "Fomos procurados por alguns familiares que viram seus entes queridos perdendo dinheiro nas apostas. Com isso, demos início às investigações", disse.

O espaço era bem estruturado com banheiros e uma cozinha farta. Os alimentos, segundo investigadores, ficavam disponíveis para os apostadores que frequentavam a casa. A maioria deles, idosos de classe média alta.

Para o delegado, o local foi montado para atender ao público de classe média alta. "Nos deparamos com uma senhora de 80 anos que estava jogando e era a responsável pelo estabelecimento. Há uma movimentação de uma quantia financeira relativamente grande", contou.

Na operação, cerca de R$ 2 mil foram encontrados dentro das máquinas. Segundo o delegado, essa quantia foi arrecadada em poucas horas de funcionamento. "Os responsáveis pela casa programa estas máquinas para que somente eles tenham ganho. As máquinas são programadas para um ganho de até 90% e o apostador perde dinheiro e pode até responder a processo", explicou.

Um homem, que não quis ser identificado, mora em frente à casa clandestina e contou que já pensou em alugar o local para montar um comércio, pois tem placa de aluguel, mas nunca era alugado. Com isso, ele diz que passou a observar e viu que sempre as pessoas entravam em duplas e, na maioria das vezes, idosas.

A dona do estabelecimento ilegal foi levada para a Delegacia de Costumes e Diversões. A senhora encontrada jogando na casa assinará um termo circunstanciado. As máquinas foram recolhidas por investigadores e levadas para um depósito da Polícia Civil.

ERRAMOS:

No título da matéria trazemos a informação de que a dona do cassino clandestino seria uma idosa de 80 anos, presa no local enquanto jogava. A informação correta é de que a idosa era apenas uma cliente do local. A verdadeira responsável pela casa de jogos é uma mulher de 34 anos.

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