Polícia

SSP diz que não tolera desvios e que policiais serão investigados

Em parte do período investigado, quem comandava o grupo era o coronel João Claudio Valério. A SSP disse, em nota, que o coronel Valério atuou no Grupo de Planejamento Setorial (GPS) entre os anos de 2001 e 2006, quando se aposentou. Também exerceu a função de chefe de gabinete de abril de 2006 a abril de 2009

São Paulo - A Secretaria da Segurança Pública (SSP) se manifestou sobre investigação da Corregedoria da Polícia Militar que apura desvios do Grupo de Planejamento Setorial (GPS), vinculado à secretaria. O GPS teria desviado R$ 200 milhões por meio de contratos fraudulentos ligados ao Comando-Geral da PM.

Em parte do período investigado, quem comandava o grupo era o coronel João Claudio Valério. A SSP disse, em nota, que o coronel Valério atuou no Grupo de Planejamento Setorial (GPS) entre os anos de 2001 e 2006, quando se aposentou. Também exerceu a função de chefe de gabinete de abril de 2006 a abril de 2009. A reportagem havia questionado a SSP se a Corregedoria investiga algum membro da própria pasta por ligação com o caso, mas teve a resposta de que a apuração está em sigilo.

"A SSP reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta. Todas as denúncias contra policiais, civis ou militares, são rigorosamente investigadas pelas respectivas Corregedorias", afirmou, em nota.

O Palácio dos Bandeirantes disse que não houve registro de nenhuma informação que desabonasse o coronel Valério na gestão de Saulo de Castro Abreu Filho na SSP; ele hoje é secretário de Governo.

O Comando da Polícia Militar informou que todas as acusações feitas pelo tenente-coronel José Afonso Adriano Filho serão analisadas. A corporação aguarda o fechamento do acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPE) para decidir se abrirá inquéritos contra os oficiais apontados por Adriano ou um novo processo contra o acusado - mas, desta vez, por denunciação caluniosa.

A carta de Adriano acusando os 18 coronéis foi anexada aos 22 inquéritos que apuram as fraudes na PM.

Vingança

O coronel Álvaro Camilo refutou envolvimento no suposto esquema. Em nota, atribuiu a citação ao seu nome a uma "vingança" do tenente-coronel.

"No caso que apura as irregularidades do ex-PM Adriano, esclareço que a alegação sobre minha pessoa é completamente infundada, provavelmente motivada por vingança, tendo em vista que eu, como comandante-geral, tomei conhecimento da denúncia e determinei imediatamente apuração, o afastei de suas atribuições e o transferi de unidade", disse. "Esta minha atitude culminou na perda de posto, patente e salário do ex-PM. Vale ressaltar que o ex-PM tenta agora criar ilações para obter vantagens no processo em curso", acrescentou o hoje deputado estadual. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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