Polícia

Corpo de Thayná é liberado e mãe afirma que suspeito é um monstro

A polícia confirmou na segunda-feira que a ossada encontrada em Viana era da menina que estava desaparecida desde outubro

A mãe da menina Thayná Andressa de Jesus, de 12 anos, esteve no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória no final da manhã desta terça-feira (5) para fazer a liberação do corpo. Clemilda Aparecida recebeu na última segunda-feira (4) a confirmação de que a ossada encontrada em Viana pertencia a filha que estava desaparecida desde o dia 17 de outubro.

O velório da jovem será realizado na Assembleia de Deus, em Flexal II, Cariacica. Já o sepultamento será realizado no cemitério do bairro Aparecida, também em Cariacica. 

"É uma mistura de sentimento muito grande. Não dá para definir o que estou sentindo. Agora tenho certeza de que acabou. Eu vou liberar minha filha para velar e enterrar. Eu não posso me abater porque ainda não acabou. Ele ainda está aí. Espero ver esse monstro afundado na lama. Ele merece ser extinto da sociedade. Ele não vai colocar a mão em nenhuma criança, porque eu não vou deixar", afirmou a mãe.

O laudo do exame de DNA confirmando que a ossada era de Thayná ficou pronto na última sexta-feira (1). "Na sexta-feira, o perito fez contato comigo dizendo que o laudo do DNA estava pronto e que era, infelizmente, a Thayná. Mas ele precisava formalizar e eu fui hoje cedo pegar o laudo. Fiz contato com a mãe, pois eu acho que quem deveria saber primeiro era ela. Ela veio aqui, falei para ela e me coloquei a disposição para fazer a liberação do corpo. Ela ficou muito abalada e disse que não consegue liberar o corpo hoje. Ela foi embora e amanhã conversa comigo", disse o delegado José Lopes.

A ossada da menina foi achada exposta nas proximidades de um lago. "A gente está acostumado a ver cadáver enterrado, o normal é esse. Mas não era o caso. Ele estava exposto. Eu não tenho dúvida de que ele abusou sexualmente dela e a matou, apesar dele contar ao contrário, contar uma história fantasiosa. Ainda não temos como provar como ele a matou, mas acredito que foi por violência. Eu ainda preciso de outros exames que ainda estão pendentes. Acredito que essa semana eu consiga mais exames", afirmou o delegado.

O suspeito de sequestrar a criança foi preso no dia 12 de novembro. Ademir Lúcio de Araújo Ferreira, de 55 anos, foi encontrado sozinho em uma praça pública, localizada no Centro de Porto Alegre. Ele foi trazido para o Espírito Santo, onde permanece preso. Ele também deve ser autuado pelo crime cometido com outra criança, uma menina de 11 anos que também teria sido abusada sexualmente.

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