Polícia

“Eu quero júri popular”, diz mãe de Thayná sobre suspeito de cometer crime

O enterro da menina está marcado para acontecer na tarde desta quarta-feira

O velório para dar adeus a menina Thayná Andressa de Jesus, de 12 anos, teve início na noite da última terça-feira (5) em uma igreja evangélica de Flexal II, em Cariacica. Durante a manhã desta quarta-feira (6), várias pessoas estiveram no local para prestar a última homenagem a adolescente.

A dona de casa Pedrolina da Luz Pereira contou que era avó de coração de Thayná, e que guarda lembranças da menina, como uma foto de quando a adolescente ainda tinha três anos. “Ela sempre ia lá em casa e me chamava de 'vó'. Agora não terei mais isso. É muito triste, pois a gente tinha ela em casa como se fosse neta mesmo”, disse.

Já a auxiliar de serviços gerais Vanuza de Souza foi ao local, pois se solidarizou com Clemilda Aparecida, mãe da menina. Isso porque ela acabou de perder um filho  de 16 anos. “A gente fica muito triste, pois aconteceu comigo quase a mesma coisa, mas com ela a situação é ainda mais triste’, contou.

Thayna foi sequestrada e a polícia suspeita que ela tenha sido estuprada e morta por Ademir Lucio de Araújo Ferreira, que está preso no complexo penitenciário de xuri. A ossada da adolescente foi encontrada as margens de uma lagoa, em Viana, no dia 10 de novembro. O exame de DNA concluiu que os restos mortais encontrados eram da menina. Na última terça-feira a mãe de Thayna pode liberar o corpo dela no Departamento Médico Legal (DML) em Vitória, onde permanecia desde o último mês.

Foram dias de angústia, perguntas sem respostas e uma ponta de esperança de que a ossada encontrada não fosse de Thayna. Depois 50 dias, a mãe da adolescente disse que se sente confortada em poder sepultar a filha, mas ressalta que a história não acaba.

“Eu estou aqui e não posso nem falar que com o corpo dela. Dói toda vez que ouço as pessoas se referindo a minha filha a aquela ossada encontrada em Viana. Eu quero que ele vá a júri popular e que aconteça agora, enquanto está quente. Tem que ser agora enquanto está no calor, quando as pessoas lembrem do que ele fez. Eu quero pena máxima em tudo. Se algum processo dele não for pena máxima, eu grito. Ano passado ele estava atrás das grades, este ano ele vem aqui e faz isso com a minha filha”, declarou Clemilda.

O enterro da menina está marcado para acontecer às 15h30 desta quarta-feira (6) no cemitério do bairro Aparecida, em Cariacica.

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