Polícia

Grávida que perdeu o bebê após agressão de ex-companheiro pediu medida protetiva

A vítima, uma dona de casa de 20 anos, tinha a esperança de que a gestação poderia reaproximar o casal

A jovem que perdeu o filho após ser agredida pelo ex-companheiro, na última quinta-feira (7), em Vila Velha, relatou que solicitou medida protetiva contra o suspeito. Mas acabou voltando atrás na decisão. 

A vítima, uma dona de casa de 20 anos, tinha a esperança de que a gestação pudesse reaproximar o casal. Por isso, no dia do crime, ela procurou o companheiro com a ultrassonografia, mas a recepção não foi a que ela esperava. "Ele falou que não queria saber, rasgou a ultrassom e que ia querer DNA", disse.

O casal, que se conheceu quando ela tinha apenas 13 anos, acabou separado por um tempo, mas eles acabaram se casando. Ela afirma que as agressões começaram uma semana após o casamento.

A dona de casa também relata que tentou superar as brigas e agressões e perdoava o marido. Mas, desde o começo de 2017, a situação se tornou insustentável. Foi quando ela decidiu se separar e buscou uma medida protetiva, mas acabou voltando atrás para dar mais uma oportunidade ao casamento. 

Agressão

A exaltação ultrapassou o limite da discussão e acabou virando agressão física. "Ele me empurrou, me pegou pelos cabelos, me deu chute na perna, machucou as minhas costelas e quando eu caí no chão ele pisou nas minhas costas", contou a mulher.

Logo após as agressões, a mulher ligou para a polícia. A PM chegou, mas o suspeito permanecia alterado. De acordo com ela, não queria que a ocorrência fosse registrada. Até para a ex-sogra ele telefonou. 

Mesmo diante da ameaça a ocorrência foi registrada. A vítima e o acusado foram levados para o Plantão Especializado da Mulher. De acordo com a polícia, enquanto estava na delegacia, a gestante começou a reclamar de dores. Ela foi levada até o banheiro, onde percebeu um grande sangramento. Ela não conseguiu nem prestar depoimento, pois teve que ser levado às pressas para o hospital.

O homem foi ouvido e autuado. Durante a manhã foi levado para o Centro de Triagem de Viana. Mesmo com a prisão, a mãe da vítima teme que ele cumpra com a ameaça feita à filha. "Eu não quero que essa pessoa fique ameaçando a minha filha. Ela não pode ser mais uma vítima", destacou.

A jovem, que não sabe dizer o que sente pelo acusado, tenta se recuperar das agressões e da perda do filho, na casa de parentes.

Confira a matéria do Cidade Alerta:


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