Polícia

Mais de uma tonelada de produtos falsificados é apreendida e seis lojas são fechadas na GV

Operação foi realizada em estabelecimentos em Cariacica e na Serra. Segundo a polícia, material apreendido foi avaliado em cerca de R$ 5 milhões

Mais de uma tonelada de produtos falsos foi apreendida nesta terça-feira

Mais de uma tonelada de produtos falsificados foi apreendida e seis estabelecimentos comerciais foram fechados durante uma ação da Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (05), em Campo Grande, Cariacica, e Laranjeiras, na Serra. Segundo a polícia, o material apreendido foi avaliado em cerca de R$ 5 milhões.

Entre os produtos apreendidos estavam camisas, bermudas, óculos e tênis. Segundo a polícia, tratavam-se de imitações de marcas bastante conhecidas no mercado.

A Operação Natal, de responsabilidade da Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa) e da Delegacia Especializada de Segurança Patrimonial, foi realizada em estabelecimentos localizados nas avenidas Expedito Garcia, em Campo Grande, e Central, em Laranjeiras.

Segundo a delegada, responsáveis pelas lojas disseram que adquiriram os produtos na Avenida 25 de Março, em São Paulo

"A maioria das lojas em que nós fizemos apreensão hoje informaram que compram [os produtos] na [avenida] 25 de Março [em São Paulo]. Eles chegam mesmo através das rodovias", frisou a titular da Defa, delegada Rhaiana Bremenkamp.

Ao todo, cinco lojas foram fechadas em Cariacica e uma na Serra. Cinco pessoas foram conduzidas para a delegacia, onde assinaram um Termo Circunstanciado pela prática de concorrência desleal e crime contra a marca. Em seguida, todos foram liberados.

"Nós recebemos várias denúncias de representantes de marcas nacionais e até internacionais de que o mercado de falsificação em nosso estado estava crescendo muito e prejudicando demais os compradores deles. E essas lojas, que são totalmente legalizadas, que vendem produto original, geram renda para o estado e produzem empregos estavam fechando, quebrando mesmo", ressaltou a delegada.

Ainda segundo Rhaiana Bremenkamp, operações como essa continuarão sendo feitas no Espírito Santo. A delegada também faz um alerta para que os consumidores evitem comprar produtos que estejam com preço muito abaixo do que normalmente é encontrado no mercado e também com uma qualidade muito inferior.

"Se a população tiver conhecimento de quem esteja falsificando, de quem esteja vendendo grande quantidade de produto falso, pode denunciar através do 181", ressaltou.

Já o superintendente de polícia especializada, José Darcy Arruda, afirmou que além de não serem tributados, os produtos falsificados podem ter sido feitos por meio de mão de obra escrava.

"Por trás disso tem uma cadeia de crimes, como também a utilização de mão de obra escrava, que é muito utilizada em São Paulo. Pessoas que vêm de outros países, bolivianos, peruanos, venezuelanos e agora até mesmo refugiados, podem estar sendo usadas em situação análoga a de escravos para a confecção dessas mercadorias", destacou o superintendente.

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