Polícia

Dono e funcionário de empresa de câmeras no apartamento de Milena Gottardi prestam depoimento

Além deles, outras três testemunhas de acusação foram ouvidas durante o segundo dia de audiência de instrução sobre o caso

Oito testemunhas prestaram depoimento durante o segundo dia de audiência de instrução do caso Milena Gottardi 

Um policial federal aposentado, dono da empresa de segurança que teria sido contratada por Hilário Frasson para instalar câmeras de videomonitoramento no apartamento onde morava a médica Milena Gottardi, foi ouvido, na tarde desta quarta-feira (17), durante o segundo dia de audiência de instrução sobre o assassinato da médica. Além dele, prestou depoimento o funcionário dessa empresa que teria ido ao prédio de Milena para fazer a instalação.

Durante a tarde, também foram ouvidas a coordenadora da escola onde as filhas de Milena e Hilário estudavam, uma amiga da médica assassinada, que cursou medicina com ela, e um homem que mora no mesmo prédio de Milena.

As duas primeiras testemunhas de acusação a prestar depoimento à tarde - a coordenadora da escola e a amiga de Milena - solicitaram ao juiz Marcos Pereira Sanches, que preside a audiência, que fossem ouvidas sem a presença dos réus, o que foi acatado pelo magistrado. Os três últimos depoentes não se importaram em falar na presença dos acusados de participar do assassinato da médica.

Ameaças

Leonardo da Rocha de Souza afirmou que Dionathas sofreu ameaças

Os trabalhos neste segundo dia de audiência de instrução tiveram início às 9 horas. Durante a manhã, foram ouvidas três amigas de Milena Gottardi. Por volta do meio-dia, o juiz determinou que fosse feita uma pausa para o almoço e os depoimentos foram retomados por volta das 13h30.

Durante o intervalo da audiência, Dionathas Alves Vieira, apontado como executor do crime, informou que foi ameaçado. De acordo com o advogado dele, Leonardo da Rocha de Souza, Hilário Frasson e Valcir da Silva Dias disseram para ele trocar de advogado e também para mudar o depoimento, tirando a responsabilidade deles.

A oferta feita a Dionathas, segundo o advogado de defesa, era que se ele aceitasse, Hilário e Valcir pagariam um novo advogado e ajudariam a família dele. “Isso aconteceu enquanto eles aguardavam a audiência em uma sala. Eles também disseram que com a soltura deles, tudo aqui fora ia ficar diferente. Foi então que o Dionathas informou ao agente penitenciário e também a mim”, contou Souza.

Hilário é ex-marido da vítima e apontado como um dos mandantes do crime. Já Valcir é acusado de ser um dos intermediários do crime, responsável pela contratação do executor. “O agente relatou o caso ao juiz e eu também relatei. Além disso, solicitei o isolamento dele e a instauração de um inquérito policial para analisar as ameaças”, destacou o advogado.

A Secretaria de Estado da Justiça informou, por meio de nota, que toma todas as providências para garantir a integridade dos detentos do sistema prisional durante escoltas judiciais.

Sobre as acusações, o advogado de Valcir da Silva Dias respondeu que prefere aguardar a apuração dos fatos. Já o advogado de Hermenegildo informou que não houve nenhum tipo de acusação e que, durante o julgamento, ele não viu nenhum tipo de comunicação entre os acusados.

O advogado de Hilário Frasson, Homero Mafra, disse que não vai se manifestar sobre o assunto. Por fim, o advogado de Esperidião Frasson não se pronunciou sobre a possibilidade de uma ameaça.

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