Polícia

Executor de médica foi ameaçado por Hilário e Valcir, afirma advogado

Tudo aconteceu nesta terça-feira, dia 16, durante o intervalo entre as audiências, no local onde os acusados aguardavam

Dionatas [esq.], Hilário [centro] e Valcir [dir.].

Durante o intervalo da audiência sobre a morte da médica Milena Gottardi, realizada na última terça-feira (16), Dionatas Alves Vieira, apontado como executor do crime, informou que foi ameaçado. De acordo com o advogado dele, Leonardo da Rocha de Souza, Hilário Frasson e Valcir da Silva Dias disseram para ele trocar de advogado e também para mudar o depoimento, tirando a responsabilidade deles.

A oferta feita a Dionatas, segundo o advogado de defesa, era que se ele aceitasse, Hilário e Valcir pagariam um novo advogado e ajudariam a família dele. “Isso aconteceu enquanto eles aguardavam a audiência em uma sala. Eles também disseram que com a soltura deles, tudo aqui fora ia ficar diferente. Foi então que o Dionatas informou ao agente penitenciário e também a mim”, contou Souza.

Hilário é ex-marido da vítima e apontado como um dos mandantes do crime. Já Valcir é acusado de ser um dos intermediários do crime, responsável pela contratação do executor. “O agente relatou o caso ao juiz e eu também relatei. Além disso, solicitei o isolamento dele e a instauração de um inquérito policial para analisar as ameaças”, destacou o advogado.

A Secretaria de Estado da Justiça informou, por meio de nota, que toma todas as providências para garantir a integridade dos detentos do sistema prisional durante escoltas judiciais. 

Audiência

Sobre a primeira audiência, Souza informou que as testemunhas foram importantes para os dois clientes. Além do executor, ele também defende Bruno Rodrigues, que é acusado de roubar a moto usada no crime.

“As testemunhas foram importantes para esclarecerem os fatos. Os delegados relataram desde o início que não há provas de que Bruno sabia que a moto seria utilizada no crime. Também não há provas de que ela foi roubada”, afirmou.

Já a respeito de Dhionatas, o advogado disse que foi confirmado o que era falado desde o início. “ Foi reforçada a colaboração dele no caso. Depois disso, os demais foram presos. Ele indicou o local da moto e as provas. A lei prevê uma redução da pena para quem contribui com as investigações. Ele não traz a vítima de volta, mas o mínimo é colaborar. Além de ser o dever dele, pode reduzir a pena”, informou.

Veja o resumo da reportagem:


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