Polícia

"Fizeram maldade com Milena e as filhas dela", diz tio de médica sobre os réus

O advogado de dois suspeitos de participação no crime acredita que um deles não passará pelo júri popular por falta de provas

Após o fim da terceira audiência da manhã desta terça-feira (30), o advogado da família da médica Milena Gottardi, Renan Salles, informou que há provas robustas que incriminam os réus acusados de envolvimento no assassinato da vítima.

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A vítima foi morta em setembro do ano passado, no estacionamento do Hospital das Clínicas, em Vitória. Para Salles, os seis réus estão realmente envolvidos no crime e são responsáveis pela morte de Milena. Além disso, a expectativa é de que os réus vão a júri popular.

Segundo o tio da médica, Geraldo Gottardi, a família está muito certa de que os réus foram sim responsáveis pela morte da Milena e esperam que eles passem pelo júri popular e peguem penas duras. Ele contou que a família teme a saída dos acusados da prisão, por conta das crianças, filhas de Milena, com Hilário Frasson, um dos apontados com mandante do crime.

 "Temos que acompanhar de perto. Nós estamos querendo que eles sejam condenados. Nós não temos dúvidas. Fizeram maldade não só com a Milena, mas com as filhas e com a família que está sofrendo muito. Queremos uma condenação de 30, 40, 50 anos preso, sem sair, sem esse negócio de sair no Dia dos Pais, Natal para ver a família. Eles não tem família", afirmou o tio.

O advogado Leonardo da Rocha, que defende os réus Dionathas Alves Vieira e Bruno Rodrigues Broero, disse que as duas testemunhas do Bruno foram dispensadas, pois nas audiências não foi comprovado que ele tinha culpa e que teria realmente roubado a moto para entregar para Dionathas cometer o crime. 

Ainda segundo Rocha, como a acusação não conseguiu provar nada, a defesa decidiu liberar as testemunhas. Ele também disse que não tinha nenhuma testemunha para o Dionathas. A prova vai ser o próprio depoimento dele e ele vai continuar colaborando com o processo. O que ele espera é que pelo menos um deles, o Bruno, seja liberado do júri popular.

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