Polícia

Polícia fecha depósito clandestino de bebidas em Vitória

De acordo com o delegado responsável pela operação, não havia comprovação de origem da mercadoria, que foi apreendida

A  Polícia Civil fechou, na manhã desta terça-feira (16), um depósito clandestino de bebidas sem comprovação de origem, em Vitória. Uma mulher, apontada como proprietária do estabelecimento, foi levada para a delegacia para prestar depoimento.

No local foram apreendidos dois caminhões de bebidas, além de documentos que serão analisados pela Receita Estadual, onde foram constatadas diversas fraudes.

“Essas bebidas eram adquiridas de forma ilícita, sem comprovação de origem, sem arrecadação tributária e eram revendidas, por atacado, para lojistas e até para atacadistas, por preço bem inferior”, afirmou o titular da Delegacia Patrimonial de Guarapari, delegado Marcos Nery, responsável pela operação.

Segundo a polícia, as mercadorias apreendidas totalizam um valor de pelo menos R$ 300 mil. De acordo com Marcos Nery, as investigações tiveram início após uma vítima denunciar ter sido vítima de um golpe em Guarapari.

"O sujeito é dono de uma distribuidora de bebidas. Ele afirmou que recolhe todos os seus impostos e que estava sendo vítima de estelionato. O sujeito estava dando nome falso, conseguiu ganhar a confiança dele, fez algumas compras e pagou. Depois fez uma compra muito grande, de mais de R$ 200 mil, e não pagou. Ficou enrolando para pagar", contou o delegado.

A proprietária do depósito clandestino teria recebido as mercadorias de origem desse golpe. "A gente acabou descobrindo que ele comprava, mandava entregar em um depósito bastante simples e depois já destinava essa mercadoria para outros locais. E um desses locais seria esse depósito que nós achamos no bairro Alvorada", disse Marcos Nery.

Além disso, a polícia encontrou no local outro tipo de crime praticado pela proprietária. "Essa pessoa que se diz proprietária desse depósito não apresentou nota fiscal de compra em nome dela de nenhuma mercadoria. Nós vamos apurar. O crime de ilícito tributário é patente e agora a gente tem que saber a origem dessas outras mercadorias", frisou o delegado.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações continuam em curso. Denúncias ou informações que colaborem com o trabalho da polícia podem ser feitas por meio do Disque Denúncia, pelo telefone 181. O sigilo e anonimato são garantidos.


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