Polícia

Mais de R$ 2 milhões serão gastos em operação nas divisas do ES

Serão cerca de 150 policiais empregados por dia para garantir a segurança durante a intervenção federal no Rio de Janeio

Com a aprovação do Congresso para a realização da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, uma operação será realizada nas divisas do Espírito Santo. De acordo com o secretário de Estado de Segurança Publica, André Garcia, essa é uma medida de precaução.

Serão oito pontos de bloqueio. A operação tem início nesta quinta-feira (22) e vai contar com 40 viaturas e uma média de 150 policiais por dia, entre militares, civis e rodoviários federais. As equipes também vão contar com helicóptero e três drones.

"Nós vamos monitorar 198 quilômetros de divisa Rio, Minas e Espírito Santo. Ou seja, toda a divisa já iniciou o processo de monitoramento de inteligência, levantando pontos sensíveis e indicando como é que deve ser o planejamento que está sendo anunciado hoje para resguardar a integridade das nossas divisas. A partir daí nós concedemos oito pontos de bloqueio que não vamos identificar. Um deles é bem óbvio, que é a BR 101. Contamos com a Polícia Rodoviária Federal nesse contexto para reforçar os bloqueios. É um trabalho que leva em consideração todas as possibilidades que podem acontecer", disse Garcia.

O comando geral da Polícia Militar no Espírito Santo garantiu que o patrulhamento no interior do Estado e também na Grande Vitória não será prejudicado. 

"Isso não atrapalha nada. Não é esse tipo de reflexo. A Polícia Militar planejou esse tipo de ação. Nós vamos empenhar ali 80 policiais militares por dia em nossa divisa com o estado do Rio de Janeiro e em alguns pontos com o estado de Minas Gerais. São 80 policiais fazendo pontos de bloqueio. Além desse quantitativo, nós teremos agentes de inteligência, policial militar monitorando esses pontos, teremos aeronave monitorando as nossas divisas. A Polícia Militar recebeu essa semana os três drones e nós estaremos capacitando os nossos policiais e eles serão utilizados nessa operação", informou o comandante geral da PM, coronel Nylton Rodrigues.

Um esforço de inteligência da Polícia Civil também vai integrar a operação. "A gente troca informação de inteligências, a gente consegue se comunicar no Espírito Santo, nos outros estados isso não acontece. Isso só vem favorecer o nosso planejamento e a divulgação dos trabalhos que a gente faz entre a gente e evitar as surpresas. A Polícia Civil trabalha basicamente com inteligência, com captação de dados com a Delegacia de Crimes Eletrônicos fiscalizando e verificando redes sociais e captando dados de outros estados", explicou o chefe da Polícia Civil do Estado, Guilherme Daré.

A princípio a operação deve durar dois meses e meio e serão gastos cerca de R$ 2 milhões, mas ela pode ser prorrogada caso haja necessidade. Esse valor, segundo Garcia, foi autorizado pelo governador do Estado, Paulo Hartung. "Essa operação vai se estender por prazo indeterminado. Temos uma previsão inicial de dois meses e meio para avaliar as ações e a necessidade de continuidade ou não, mas o tempo que for necessário", afirmou André Garcia.

Nesta quarta-feira (21), o secretário de segurança vai se reunir com o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Torquato Jardim, para falar sobre a intervenção e pedirá o retorno dos policiais rodoviários federais para o Estado.

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