Política

De Olho no Poder na rádio entrevista Felipe Rigoni sobre educação, economia e fake news

O deputado federal e pré-candidato ao governo do Estado participou do programa "De Olho no Poder com Fabi Tostes", na Jovem Pan News Vitória, nesta quinta-feira

Foto: Pan News Vitoria
Deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil) foi o convidado do programa "De Olho no Poder com Fabi Tostes", da rádio Jovem Pan News Vitória

O deputado federal e pré-candidato ao governo do Espírito Santo, Felipe Rigoni (União Brasil), foi o entrevistado desta quinta-feira (20) no programa "De Olho no Poder com Fabi Tostes", da Jovem Pan News Vitória. 

Em sua participação, o parlamentar comentou sobre a proposta de revogação da Reforma Trabalhista, a privatização da Petrobras, além de questões da educação, da economia, de fake news e eleições.

Educação é uma das principais bandeiras do deputado, que faz parte da Comissão Externa de Fiscalização do Ministério da Educação. Segundo Rigoli, este é um dos pontos onde há mais falhas do governo federal.

"Desde o início do governo Bolsonaro, a gente sempre considerou a educação uma das grandes e maiores falhas do governo. Eu acho que existe coisas boas que acontece no governo, mas a educação sempre foi muito ruim. A gente criou, em abril de 2019, a Comissão Externa de Fiscalização do Ministério da Educação. Constantemente verificamos que o governo não tem feito as coisas. Não é que a gente só discorde do que é formulado, mesmo o que é formulado não é executado", apontou.

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O deputado lembrou que a pandemia potencializou a desigualdade educacional e que o número de pessoas fora da escola aumentou no país.

"Nós não estamos tendo uma coordenação nacional para recuperar esses alunos que estão fora da escola, para recuperar o ponto perdido e retomar onde paramos em 2020", destacou.

Outro problema apontado pelo deputado está na economia. Para o deputado, faltou uma condução técnica-política por parte do governo federal para realizar as reformas que precisavam para controlar a crise econômica.

"A gente precisava fazer reformar muito duras. Você não faz isso sem ter uma condução técnica e política ao mesmo tempo, porque você não consegue aprovar, executar, a coisa não chega na ponta. Foi isso que aconteceu ao longo do governo Bolsonaro", disse.

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O deputado federal afirmou que a possibilidade levantada pelo ex-presidente Lula de revogar a Reforma Trabalhista, aprovada no governo de Michel Temer, não irá resolver o problema do trabalhador.

“Eu sou adepto do sistema dinamarquês de trabalho. Lá, praticamente, não tem direito trabalhista, é o que eles chamam de flexibilidade com seguridade. Como funciona lá? Lá não tem nem aviso prévio. O cara pode te demitir e imediatamente você está fora, mas na mesma hora que você é demitido cai numa rede de proteção social que é garantida pelo governo. Tem que fazer isso no Brasil, construir programas sociais adequados que incentivem o trabalho, a formação profissional, que incentivem a ter um projeto de vida e que ao mesmo tempo dê um recurso para que a pessoa possa sobreviver", disse. 

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Ao falar sobre as eleições de 2022, o deputado lembrou que as fake news devem continuar sendo um ponto importante do debate social.

"Vai ser muito duro. Cada vez mais os produtores de fake news, de qualquer um dos lados da política, estão se profissionalizando e muito. A inteligência artificial os ajuda muito na disseminação. O grande problema da desinformação é que a informação de fato não chega a todo mundo que a desinformação chegou. Não sei se será uma guerra perdida, mas vai ser difícil", pontuou.
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