Política

Rodovias capixabas passarão por estudos para reduzir acidentes

A expectativa é que o trabalho seja desenvolvido no prazo de 10 meses e serão investidos pelo governo mais de R$ 2 milhões para o desenvolvimento dos estudos e projetos

Buscando alternativas para reduzir o número de acidentes acidentes de trânsito nas rodovias que cortam o Espírito Santo, o governador Paulo Hartung assinou nesta quinta-feira (22) a Ordem de Serviço para o Início dos Estudos e Pesquisas Aplicadas sobre Acidentes de Trânsito e suas Causas no Estado do Espírito Santo.

A assinatura do documento foi realizada durante durante a abertura do Seminário para o Setor de Rochas, promovido pelo Sindirochas, e contou com a participação do diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN|ES), Romeu Scheibe Neto.

Os Estudos e Pesquisas Aplicadas sobre Acidentes de Trânsito e suas Causas no Estado do Espírito Santo visam à Implantação do Programa Voluntário de Monitoramento Logístico de Rochas Ornamentais e do Observatório de Registros e Informações de Veículos e ao combate aos acidentes de trânsito envolvendo veículos que transportam blocos de rochas ou chapas, bem como na dedicação à redução da severidade dos acidentes, com reflexos diretos na diminuição do número de mortos e feridos.

A expectativa é que o trabalho seja desenvolvido no prazo de 10 meses e serão investidos pelo Governo do Estado a quantia de R$ 2.198.000,00 para o desenvolvimento dos estudos e projetos com cinco metas definidas:

* Identificação dos pontos de controle e de Monitoramento da movimentação logística do setor de rochas ornamentais e das principais rotas de veículos;
* Especificação de modelo tecnológico e operacional de rede autônoma de coleta de dados de tráfego e de transporte;
* Elaboração do modelo conceitual para o Observatório de Registro e informações de veículos;
* Elaboração de metodologia para a Implantação do programa Voluntário de monitoramento Logístico de Rochas Ornamentais; e,
* Desenvolvimento de metodologia para apoio à Fiscalização e ao policiamento ostensivo de trânsito visando à Segurança Viária.

Acidentes

Durante o evento, Hartung relembrou os trágicos acidentes ocorridos recentemente na BR 101, como o que envolveu um ônibus e um outro com um grupo musical de Domingos Martins. Ele afirmou que o Estado, autoridades competentes e o setor produtivo estão juntos na busca por soluções que garantam mais segurança no transporte de rochas e ressaltou a importância do programa de monitoramento logístico.

“O Governo do Estado, o Ministério Público Estadual, a Polícia Rodoviária Federal e representantes do setor de rochas ornamentais vêm discutindo medidas e procurando experiências positivas pelo país", frisou.

A diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável na Mineração, Maria José Gazzi Salum, que representou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, destacou que cabe ao setor de rochas ornamentais uma responsabilidade socioambiental. “Temos notícias do que o Estado e o setor de rochas vêm fazendo para que a imagem do setor não possa ser manchada por acidentes, como o ocorrido no ano passado. O setor de mineração, como um todo, está constantemente sob o foco da atenção por ser de fato uma atividade que nós não podemos desconsiderar o seu impacto. Mas o setor de mineração vem lidando muito bem com as situações com apoio tecnológico para minimizar os impactos e que haja retornos para a sociedade”, afirmou.

Segundo o diretor-geral do Detran-ES, Romeu Scheibe Neto, o monitoramento logístico permitirá ao Estado transformar o cenário da acidentalidade com o segmento de rochas ornamentais desenvolvendo um projeto customizado à realidade do Espírito Santo. “A elaboração desses estudos e de um Observatório permitirá melhor diálogo com todas as áreas responsáveis pela logística viária. Desta forma poderemos prover aos órgãos fiscalizadores do trânsito informações qualificadas para melhor atuação e defesa da vida e assim facilitar para quem está certo e dificultar para quem está errado, o que acredito que possibilitará a redução de acidentalidade”, concluiu.

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