Eleições 2018

Política

PSDB não terá candidato ao governo e deve apoiar Casagrande

O PSDB desistiu da candidatura de César Colnago ao governo, e Ricardo Ferraço é quem vai definir os rumos do partido, que deve se coligar com Casagrande

Alex Pandini

Redação Folha Vitória
O vice-governador César Colnago definiu candidatura à Câmara dos Deputados

Depois de três dias de suspense e muita movimentação nos bastidores, os caciques do PSDB decidiram, em reunião na manhã desta sexta (20) que o partido não terá candidatura própria ao Palácio Anchieta. Os tucanos anunciaram que a condução do processo pré-eleitoral na busca de alianças está nas mãos do senador Ricardo Ferraço. Com isso, o PSDB se descola por completo da base de sustentação governista e caminha a passos largos para uma coligação com o PSB do ex-governador e pré-candidato ao governo pela oposição, Renato Casagrande. 

A notícia não deixa de ser uma surpresa, em virtude de Colnago ser o presidente estadual da sigla, e ter recebido apoio do presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, esta semana. Ao que tudo indica, apesar do controle partidário local e do apoio nacional, foram preponderantes as dificuldades encontradas por Colnago para viabilizar o nome - que não aparece bem nas pesquisas de opinião e não conseguiu superar resistências internas dentro da base governista.

A movimentação política é muito dinâmica, mas, no recorte do momento, o que se desenha é o PSDB formar um bloco com PDT e DEM, apoiando Casagrande na majoritária e com Ferraço sendo um dos dois candidatos da coligação ao Senado. As três siglas também ficariam na mesma "perna" para federal, com foco nas candidaturas do próprio César, de Norma Ayub (DEM) e Sérgio Vidigal (PDT). Interlocutores do Folha Vitória dizem ainda que o PPS também poderia entrar nesse bloco.

Já entre os partidos que restaram no bloco governista, há rumores de que o PRB faça coligação com a senadora e pré-candidata ao governo Rose de Freitas (Podemos), numa dobradinha com o deputado estadual Amaro Neto concorrendo ao Senado. O presidente estadual do PSD, Neucimar Fraga, foi procurado para falar, mas ainda não deu retorno.

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