Política

Pacheco diz que não aceitará manobras da base para encurtar debates na CCJ

Líderes do governo e ministros se reuniram com Michel Temer para discutir formas de impedir que a apreciação da denúncia se estenda

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), avisou que não aceitará manobras da base aliada para quebrar o acordo firmado na semana passada e encurtar a fase de discussão da denúncia contra o presidente Michel Temer no colegiado. "Não vamos aceitar. Acordo é acordo e tem de ser cumprido", disse o peemedebista.

No domingo, líderes governistas se reuniram com Temer e ministros para discutir formas de impedir que apreciação da denúncia se estenda na CCJ. A base aliada quer liquidar o assunto e votar a denúncia no plenário antes de 18 de julho, início do recesso.

Pelo acordo, 132 membros da CCJ (entre titulares e suplentes) poderão discursar por 15 minutos e outros 40 não-membros (metade contra a denúncia e a outra metade à favor) poderão falar por até 10 minutos. Com os longos discursos, a fase de debates deve superar 40 horas e Pacheco calcula que a votação do parecer do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) acontecerá na sexta-feira, 14, ou na segunda-feira, 17.

Na ocasião do acordo, houve um compromisso firmado para que ninguém apresentasse requerimento de encerramento de discussão após o 10º discurso na comissão. Agora, governistas consideram a possibilidade de quebrar o acordo para garantir a votação na CCJ o quanto antes.

Segundo fontes, Pacheco avisou que se houver quebra do compromisso, vai dar espaço para que a oposição obstrua as sessões de análise da denúncia. O objetivo da oposição é alongar o processo e deixar a votação da denúncia para depois de agosto.
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