Política

Comissão da Assembleia debate aumento de faixas na Terceira Ponte

Comissão de Infraestrutura ouviu o engenheiro civil Luiz Carlos Menezes, que realizou um estudo para mudar o trânsito na via e, consequentemente, melhorar a mobilidade no entorno da Terceira Ponte

O trânsito na Terceira Ponte e a melhoria da mobilidade urbana dos acessos de uma das vias mais movimentadas do Estado foram o tema central da reunião da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa.

Os deputados que compõem a Comissão receberam nesta segunda-feira (7) o engenheiro civil Luiz Carlos Menezes, que foi apresentar um estudo para tratar da mudança do trânsito no local.

Segundo Menezes, graças a largura da via é possível aumentar o número de faixas de circulação de veículos sem a necessidade de obras.

“A ponte foi planejada como uma ponte rodoviária. Ela é muita larga porque foi pensada como autoestrada, uma via de velocidade. Há espaço suficiente para a implantação de uma nova via, a exemplo do que já aconteceu em São Paulo”, explicou o engenheiro que deu como exemplo a Avenida 23 de Maio, que liga as regiões Norte e Sul da cidade de São Paulo.

A sugestão apresentada pelo engenheiro é aumentar o número de faixas nos dois sentidos, aumentando para seis as vias locais: em cada lado, duas faixas com 2,80 metros e uma faixa 3,05 preferencial para ônibus, com uma estrutura de metal dividindo os dois lados. A nova largura da faixa, apesar de mais estreita, está dentro dos padrões estabelecidos pelo Conselho Nacional de Trânsito para tráfego rodoviário.

Telas protetivas

A instalação de telas protetivas, com o intuito de reduzir o número de suicídios no local, também foi abordada pelos deputados. Para o engenheiro não existe nenhum impedimento da instalação dessas telas - apenas o custo de instalação.

A Comissão vai encaminhar o estudo para a Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsp). “Vamos pedir que a agência, junto com a concessionária, analisem a implantação dessas mudanças. Para a comissão, pode ser bastante viável, especialmente porque o custo é baixo, não interfere na segurança dos usuários e haverá um impacto muito positivo na mobilidade”, disse o deputado Marcelo Santos, presidente da Comissão.

A instalação dessas telas também já cobrada pela ARSP, na última semana, após um pedido do governador Paulo Hartung. A Rodosol, concessionária que administra a via, tem até quarta-feira (9) para apresentar uma data pra conclusão de um estudo de viabilidade dessas telas protetivas.

A ponte

Construída entre 1978 e 1989, a ponte Darcy Castello Mendonça possui hoje quatro faixas de tráfego (com 3,50 metros de largura, além das folgas, totalizando largura total de 18 metros). 

O deputado Esmael Almeida questionou a possibilidade da utilização de bicicletas no local, mas segundo Menezes isso não é possível.

“Para o ciclista, a Terceira Ponte necessita de um projeto especial. As sugestões apresentadas são medidas operacionais, de baixo custo, que melhorariam muito a mobilidade local. Mas, para outras coisas, precisamos de intervenções, projetos e obras. Esse é o caso da bicicleta”, concluiu.


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