Política

Deputado ataca Detran por volta do serviço de guincho no Estado

"O Detran está conivente com uma organização criminosa e se colocando contra o povo capixaba”, diz Enivaldo dos Anjos (PSD)

A retomada do serviço de guincho do Detran-ES, na última segunda-feira (15), causou surpresa entre os capixabas e indignação por parte de alguns parlamentares.

Presidente da CPI da Máfia do Guincho na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD) atacou o órgão, afirmando que o retorno do serviço "é a máfia do guincho que quer voltar a agir, agora, com a permissão do Detran".

De recesso parlamentar até fevereiro, Enivaldo garantiu que os membros da Comissão se reunião assim que retornarem as atividades para tentarem vetar a prática.

“Posso garantir ao povo capixaba que não daremos descanso a essa gente. Eles se aproveitaram do fato de o Legislativo estar em recesso para criar essa situação. O Detran está conivente com uma organização criminosa e se colocando contra o povo capixaba, mas formaremos trincheira na Assembleia. Se é guerra o que eles querem, é guerra o que vão ter, porque eu combato o bom combate”, disse Enivaldo.

Segundo o deputado, o diretor de Habilitação e Veículos do Detran, José Eduardo de Souza Oliveira, será convocado para para comparecer à CPI assim que os trabalhos forem retomados.

"Quadrilha"

O parlamentar lembrou que, antes da constituição da CPI da Máfia do Guincho, havia um conluio entre donos de guinchos, de pátios e agentes públicos para explorar o capixaba: “Com a atuação da CPI, demonstramos para a sociedade que havia uma quadrilha por trás disso tudo e conseguimos desarticulá-la, mas eis que, agora, eles estão de volta”, frisou.

Criada em 2015, a CPI da Máfia dos Guinchos foi instaurada para averiguar as supostas irregularidades nos serviços de guincho no Espírito Santo. Desde que foi instalada a CPI já ouviu autoridades do trânsito, empresas rebocadoras de veículos, proprietários de pátios, policiais e guardas municipais, entre outros.

O Detran foi procurado para comentar as acusações do deputado, mas até a publicação dessa matéria não havia se posicionado.

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